Após apreensão de adolescente, mãe de Hyara Flor pede justiça: ‘Que paguem pelo que fizeram’

Marido da vítima fugiu e foi apreendido na quarta (26), no Espírito Santo

A mãe da adolescente Hyara Flor Santos Alves, morta aos 14 anos na cidade de Guaratinga, extremo sul da Bahia, falou nesta sexta-feira (28), sobre a dor que tem sentido após a perda da filha. O marido da vítima foi apreendido na quarta (26), no Espírito Santo.

“Meu coração está assim. Nunca vai curar. É uma dor muito grande, a gente perder uma filha. [A prisão] aliviou por um lado. Que eles paguem pelo que fizeram”, disse Eislane Guimarães.
O pai da adolescente Hyara Flor, Hiago Alves, disse na quinta-feira (27), que tem medo de ser assassinado pela família do suspeito de cometer o ato infracional.

“Eu clamo por justiça para que pelo menos o meu coração e de minha esposa tenha um pouco de alívio. Para não mandarem me matar, porque ele solto, pode fazer isso, tem dinheiro demais”, disse Hiago Alves.

“Ele sabe onde estou e a gente tem medo disso”, ressaltou.

A Polícia Civil confirmou, nesta quinta-feira (27), que o marido de Hyara Flor será transferido do Espírito Santo, onde foi apreendido, para a Bahia.

Segundo a polícia, ainda não há prazo para que o suspeito, que também tem 14 anos, seja transferido de estado. O período inicial da apreensão do marido de Hyara Flor é de 45 dias.

O pai do adolescente, identificado como Júnior Silva Alves, conhecido como “Amorim” pelos ciganos, se pronunciou após a apreensão. Ele gravou um vídeo em que alegou que o tiro foi disparado acidentalmente por outro filho dele, irmão do esposo da vítima.

“Ele [o adolescente apreendido] não tem nada a ver com esse caso. A perícia tem que mostrar a verdade para a Polícia Federal. O fato que aconteceu foi J.D. [iniciais da criança], que é meu filho e cunhado de Hyara, brincando com a arma e teve um disparo acidental”, disse Júnior Silva Alves.

O pai do suspeito afirmou ainda que ama Hyara Flor e contou que acredita que a versão apresentada por ele será provada.

A família da vítima acredita que o crime foi um ato de vingança, mas a informação não foi confirmada pela polícia de Guaratinga, que investiga o caso.

“Eu desejo, de coração, que a justiça seja feita e que eles paguem pelo que fez atrás das grades. O pai e o filho. Eu creio que o mandante é pior do que quem mata. Eles premeditaram o crime contra minha filha, então eu peço justiça”, contou Hiago Alves, pai de Hyara Flor. (G1)

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