Depois de um início perfeito do sistema defensivo, Léo Condé viu o Vitória cair de rendimento após a quinta rodada da Série B e sofrer baixas por lesões. Na busca da reabilitação, o técnico precisou encontrar alternativas táticas e uma delas foi a formação com três zagueiros.
Em cinco partidas, a estratégia deu certo e rendeu ao Leão um aproveitamento de 67%. Nos últimos quatros confrontos, porém, o Vitória só conseguiu empatar ou ganhar uma partida depois de tornar o time mais ofensivo.
A primeira vez que o Rubro-Negro usou o esquema foi no empate em 1 x 1 com o Avaí, pela nona rodada. Depois, nos triunfos sobre Tombense (11ª), Novorizontino (17ª) e Sport (18ª); e na derrota para o Juventude (15ª).
De lá para cá, Camutanga, Wagner Leonardo, Yan Souto e João Victor foram usados em trios nos duelos contra Chapecoense, Ponte Preta, ABC e Londrina. No confronto com a Chape, Léo Gamalho marcou nos acréscimos para dar o título simbólico de campeão do primeiro turno ao Rubro-Negro. Em entrevista coletiva, o técnico Léo Condé atribuiu a vitória às mudanças feitas no segundo tempo.
Na partida seguinte, a Macaca abriu dois de vantagem, mas perdeu um jogador expulso logo aos 18 minutos da etapa inicial. Depois de ter dificuldades de criação, o Vitória voltou do intervalo sem um zagueiro e com um homem de criação no meio. Com a vantagem númerica, mais posse de bola e volume de jogo, o time baiano conseguiu o empate por 2 x 2.
Contra o ABC, Léo Condé explicou a “correção de rota” para conseguir o resultado positivo, por 2 x 0, na reta final da partida. “No intervalo, entendemos que poderíamos ter um segundo volante com mais distribuição de jogo [Gegê] e um meia mais próximo dos atacantes [Giovanni Augusto].”
No revés para o Londrina, Condé foi questionado sobre a demora para mexer nas peças. O técnico, no entanto, disse ter visto a necessidade de apenas corrigir posicionamentos. O Tubarão, que nada tinha a ver com isso, cresceu no jogo e abriu o placar em lance de bola parada na etapa final.
O treinador só mexeu no time após tomar o gol. As duas primeiras mudanças foram as entradas do atacante Zé Hugo no lugar do lateral-direito Zeca e do meia Giovanni Augusto para a saída de Wellington Nem. Mesmo assim, o Vitória seguiu mal no ataque e viu o adversário balançar a rede pela segunda vez.
A formação com três zagueiros trouxe sequência invicta de cinco partidas, mas tem “amarrado” a criação ofensiva da equipe. Ao ser questionado sobre o assunto, Condé disse que “vai avaliar” se haverá mudanças táticas para enfrentar o Ceará no próximo confronto. (metro1)