O CMS (Conselho Municipal de Saúde) de Santo Antônio de Jesus emitiu a nota pedindo mais detalhamentos aos Boletins Epidemiológicos do município. Na nota, o CMS pede a divulgação dos números de pacientes por bairros (reveja aqui); contudo, o prefeito Rogério Andrade (PSD) em entrevista ao programa Meio-Dia e Meia, na Live do Voz Da Bahia, pontua que algumas informações do número de infectados por bairros não vale apena ser revelada.
O atual gestor denomina o Boletim do município como completo e esclarece que a cada semana é aperfeiçoado de alguma forma, “existe uma dúvida sobre a informação do número de casos por cada bairro. Através de uma conversa em um grupo que eu tenho com prefeitos da Bahia, aqueles que divulgaram essas informações, a experiência não foi positiva”, releva.
Rogério aponta que os municípios que revelaram o número de casos da Covid-19 por bairros, tais locais sofreram discriminação, “a mototáxi que não quer entrar naquele bairro que tinha uma incidência muito grande do coronavírus, ou o transporte coletivo que quando para em um determinado bairro tem problemas. Um exemplo, um bairro ‘A’ com casos a cima da média, as pessoas são discriminadas. Segundo os prefeitos, quando os coletivos de ônibus paravam em determinados pontos começavam a dar problemas; quem estava dentro do ônibus quando entravam alguém no bairro não queria ficar no ônibus, não queriam sentar juntos, e tudo que as pessoas da Covid-19 precisam numa hora dessa é de: amor, compreensão, carinho e nunca de discriminação”, relata.
O gestor explica que é preciso preservar a imagem das pessoas o máximo possível, “é preciso que as pessoas se cuidem independente de saber se tem alguém ou não contaminado no seu bairro, até porque a transmissão já é comunitária. Aqui em Santo Antônio observamos que a linha é horizontal, não temos nenhum foco, os casos estão acontecendo de uma maneira horizontal, então essa é uma informação que nós estamos avaliando acerca de colocar ou não nos Boletins. Até aqui entendemos que não acrescentará em muita coisa, talvez seja só para matar a curiosidade de algumas pessoas, mas na prática não tem sido uma medida muito assertiva”, finalizou.
Reportagem: Voz da Bahia