Falas do senador baiano Otto Alencar (PSD) na CPI da Covid-19 sobre condutas adotadas pela Prevent Senior em relação ao que supostamente seriam cuidados paliativos nesta quarta-feira (22) geraram polêmica. As declarações do parlamentar chegaram a ser classificadas como “inadmissíveis” e que “deturpavam” o conceito da prática.
Na ocasião, o senador fez duras críticas a conduta “paliatista” praticada pelo plano de saúde.
Ao BN, Otto explicou que estava se referindo especificamente a práticas da Prevent Senior, que chegou a criar o cargo de “paliatista”, e que apesar de fazer referência às condutas de tratamento paliativo, não condiziam com a definição de cuidados paliativos de órgãos de saúde, incluindo a Organização Mundial da Saúde.
De acordo com o senador, provas obtidas pela CPI mostram que pacientes na UTI, e que precisavam continuar neste tipo de tratamento intensivo por ter condições de recuperação, eram retiradas para abrir vagas e encaminhados para a “palitização”.
“[Essa conduta] tinha objetivo de evitar que pacientes em condições de recuperar a saúde fossem cuidados em UTI, usando medicamentos paliativos, iam para bombas de morfina. Foi isso que falei e interpretaram errado e está dando essa interpretação equivocada”, justificou Otto.
Os cuidados paliativos são, na verdade, aqueles a que pacientes com doenças graves, progressivas e que ameaçam a continuidade da vida são submetidos para proporcionar o máximo de conforto até a hora da morte. O foco é prevenção e alívio do sofrimento, tratamento da dor e de outros sintomas físicos, sociais, psicológicos. (Bahia Notícias)