O aplicativo Immuni, criado pelo governo italiano para monitorar o deslocamento de pessoas que contraíram o novo coronavírus (Sars-CoV-2), tornou-se alvo de polêmica após ser acusado de sexismo por usuários e por políticos de várias vertentes ideológicas.
Isso porque as imagens usadas no app reforçaram os estereótipos das mulheres trabalhando em afazeres domésticos e homens em funções mais profissionais. Entre os desenhos criticados, estava uma em que a mulher aparecia com um bebê no colo e o homem em frente a um computador. Também nas profissões, estavam mais os homens: eles eram os médicos.
Após a chuva de críticas, o Ministério da Inovação e da Digitalização da Tecnologia alterou as imagens, invertendo o sexo em cada um delas: ela no computador, ele com o bebê no colo. Até mesmo a ministra da Família e Igualdade de Oportunidades, Elena Bonetti, havia entrado em campo pedindo a intervenção da ministra da Inovação, Paola Pisano, pelas imagens não terem nenhum sentido “neste século”. Segundo Pisano, toda a campanha de comunicação será revisada para que isso não ocorra novamente.
O app Immuni está em fase de testes há cerca de dois dias em algumas regiões italianas. De acordo com o comissário extraordinário para a gestão da pandemia, Domenico Arcuri, “um milhão e 150 mil italianos já baixaram o app, um resultado confortável graças a um trabalho coordenado”. A ideia do governo é que “a partir da próxima segunda-feira, ele esteja 100% disponível nas regiões-piloto e, na semana seguinte, para toda a Itália”. “O app Immuni está funcionando há cerca de dois dias e meio na fase de introdução e experimentação, e essa última serve para atingir o objetivo do número máximo de italianos que a utiliza regularmente. Os resultados são confortáveis e até inesperados”, ressaltou Arcuri. (ANSA) (Isto é)