Atividade econômica do Nordeste avança quase 2% no primeiro trimestre

Segundo Boletim do Banco Central, entre os destaque positivos ficaram a indústria de transformação e as atividades de serviçosO

Banco Central (BC) divulgou nesta quinta-feira (11), através do Boletim Regional (BR), que a atividade econômica do Nordeste manteve o ritmo de crescimento no primeiro trimestre deste ano e cresceu 1,8% no período, em patamar superior ao verificado no trimestre anterior, 1,5%.

Segundo o levantamento, entre os destaque positivos ficaram a indústria de transformação e as atividades de serviços. Enquanto as condições do mercado de trabalho seguem melhorando, em ambiente de queda na taxa de desocupação.

“A economia nordestina manteve desempenho positivo no início de 2022, com destaque para a continuidade do avanço da indústria. Em perspectiva, a recuperação do setor de serviços, a melhoria do mercado de trabalho e os efeitos dos programas de transferência de renda do governo federal devem sustentar a atividade econômica da região”, indicou a pesquisa.

Em doze meses, até o mês de março, o IBCR-NE avançou 4,6%, em relação à queda de 4,2% em março de 2021.

No primeiro trimestre, segundo dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), para a região, mostraram crescimento de 2,2%, dando continuidade ao desempenho positivo observado no trimestre anterior.

Setores

De acordo com o levantamento, a inflação do Nordeste subiu para 3,51% no trimestre encerrado em abril, ante 2,78% no fim de janeiro, com destaque a educação, alimentação. bebidas e transporte. O índice de difusão alcançou 75,6% no Nordeste, indicando expressiva disseminação no aumento dos preços.

“Mesmo com a aceleração no trimestre, a região situou-se como aquela de menor elevação nos preços no período. As maiores altas ocorreram nos grupos educação, alimentação e bebidas e transportes. Houve maior variação dos preços dos itens livres do que os dos monitorados na comparação trimestral”, indicou pesquisa.

Sobre o setor de transformação, as altas foram registradas nos segmentos de derivados de petróleo e biocombustíveis, alimentos e veículos automotores, em contraponto à retração da indústria extrativa.

Em relação a confiança dos empresários industriais, de acordo com o Instituto de Ciências Exatas e Informática (Icei) da Confederação Nacional da Indústria (CNI), atingiu 49,8 pontos em abril, pouco abaixo da linha de neutralidade (50 pontos), embora registre acréscimo ante janeiro. No mercado de trabalho, prosseguiu a melhoria dos indicadores na região.

Para o emprego formal, dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) indicaram uma geração de postos de trabalho nos três primeiros meses de 2022, resultando em continuidade na elevação.

Apesar dos dados indicarem certo alívio, às famílias nordestinas ainda estão pessimistas, conforme indicou o índice Intenção de Consumo das Famílias (ICF) da CNC.

Os serviços não financeiros tiveram crescimento de 1,7% no trimestre, de acordo com dados da PMS do IBGE, sendo que todos os estados nordestinos já se encontram em patamar acima da pandemia. Em recorte por atividade, apenas os serviços prestados às famílias ainda não recuperaram o patamar anterior ao início da crise sanitária.

Em relação à produção de grãos no Nordeste deverá atingir 25,3 milhões de toneladas em 2022 de acordo com o LSPA do IBGE, indicando avanço de 9,9% ante a safra anterior, impulsionada pelo crescimento nas safras de soja, feijão e milho.

Dentre os estados, se destacam as elevações de 20,0% na produção de grãos do Piauí (alta de 14,0% na colheita da soja) e de 6,2% na Bahia (4,0% em soja).

Sobre a balança comercial da região Nordeste, no primeiro trimestre do ano foi registrado expansão do déficit, de US$2,6 bilhões, ante o mesmo período do ano passado, que foi de US$1,2 bilhão, um aumento das importações, em 48,5% nos preços e 11,0% no quantum. (Bahia.ba)

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