Atlético de Alagoinhas bate Jacuipense fora e é bicampeão do baiano

Atlético de Alagoinhas é bicampeão baiano (Arisson Marinho/Correio)

O Atlético de Alagoinhas segue fazendo história no Campeonato Baiano. Um ano depois de conquistar o então título inédito, o Carcará se tornou o primeiro bicampeão (em anos seguidos) do interior no estadual. O feito veio com vitória por 2×0 sobre o Jacuipense, neste domingo (10), em pleno Valfredão. 

Os heróis do Carcará foram Thiaguinho e Paulinho. O atacante abriu o placar ainda no primeiro tempo. No segundo, o Leão do Sisal teve Newton expulso, mas tentou reagir. O sonho, porém, acabou aos 48, quando Paulinho pegou rebote de um pênalti defendido por Mota e garantiu o troféu.

O primeiro encontro, há uma semana, havia terminado em 1×1, no Carneirão. O Atlético, aliás, faturou o troféu de novo fora de casa. Em 2021, veio com vitória em plena Arena Cajueiro, em cima do Bahia de Feira, por 3×2, depois do empate em 2×2 na ida. 

Com o título, a equipe comandada por Agnaldo Liz se torna o segundo time do interior a se tornar bicampeão. Mas o único em anos seguidos – isso pois o outro é o Fluminense de Feira, mas as taças vieram separadas por seis temporadas, em 1963 e 1969.

O Carcará também assegurou uma vaga na fase de grupos da Copa do Nordeste 2023, assim como a premiação de R$ 135 mil. Pelo vice, o Jacuipense ficou com R$ 100 mil. Os dois finalistas ainda se garantiram na Série D e na Copa do Brasil do próximo ano.

Vale lembrar que ambos disputam a quarta divisão em 2022, e já entram em campo pelo torneio no próximo domingo (17), às 16h. O Atlético de Alagoinhas visita o Asa, em Arapiraca (Alagoas), enquanto o Jacuipense recebe o Sergipe no Valfredão. Bahia de Feira e Juazeirense também participam da competição.

Primeiro tempo

Campeão do Baianão de 2021, o Atlético de Alagoinhas não se intimidou com a casa do rival. O Carcará ocupou melhor o campo de ataque nos primeiros minutos e, mostrando entrosamento, criou boas chances.

Em uma delas, Miller avançou pela esquerda e tentou o passe, aos cinco minutos. A bola bateu na zaga do Jacuipense e ficou com Dionísio, que devolveu para o camisa 10 chutar por cima do gol. Mas nada valia: o árbitro assinalou o impedimento.

Se o gol do Atlético não saiu ali, veio pouco depois. Aos 14 minutos, Miller ficou com uma sobra na esquerda e mandou uma bomba, de longe. O chute acabou indo em cima de Mota, que defendeu para frente. Só que a bola foi em direção a Thiaguinho e, no rebote, o atacante completou para o fundo das redes: 1×0. O lance chegou a ser revisado pelo VAR, mas foi confirmado alguns minutos depois.

Depois que sofreu o gol, o Jacuipense melhorou, e tentou pressionar. Ficou bem perto do empate aos 20 minutos, quando Eudair acionou Robinho, que invadiu a área e cruzou rasteiro pelo meio, buscando Jeam. A redonda passou por Fábio Lima, mas não por Iran, que afastou.

No fim, o Leão do Sisal voltou a animar a torcida anfitriã. Primeiro, aos 42 minutos, quando Robinho se livrou de Paulinho e tocou para Evandro. Mas o passe foi com muita força, e a bola saiu pela linha de fundo.

Já nos acréscimos, mais duas boas oportunidades. Aos 50, Eudair ficou com uma sobra e completou de primeira, mas mandou com muita força, por cima do gol. A insistência continuou e, pouco depois, Railan saiu em velocidade, girou e enfiou a bola para Jeam. Mas Fábio Lima foi buscar a redonda nos pés do atacante, e impediu o empate.

Segundo tempo

Atrás no placar, o Jacuipense continuou a pressão no retorno do intervalo. Ainda no primeiro minuto, Robinho levantou na área, a bola passou por todo mundo e chegou até Ruan Levine. Livre da marcação, o atacante finalizou, mas bateu fraco demais e Fábio Lima defendeu.

O Carcará respondeu seis minutos depois, quando Dionísio limpou a marcação na entrada da área e chutou de longe, rasteiro, mas para fora. O segundo tempo continuou animado e, aos nove, o Leão do Sisal viu Radar, livre na esquerda, ser acionado por Robinho, ajeitar e cruzar para Flávio na segunda trave – mas, na dividida, a marcação tirou. 

Assim como no jogo da ida, o Jacuipense ficou com um jogador a menos. Aos 19 minutos, Newton recebeu o segundo amarelo por uma dividida com Sobral, e acabou expulso.

Ainda assim, o Leão do Sisal seguiu lutando e buscando o empate. Ficou bem perto aos 31, quando Radar cobrou escanteio, a bola foi desviada e Kaefer ficou com a sobra. Ele finalizou, mas Miller tirou em cima da linha. Não parou por aí: quatro minutos depois, Emerson cobrou falta direto para o gol, e Fábio Lima voou no ângulo para defender.

Aos 48, porém, o bicampeonato do Atlético foi decretado. Tudo começou quando Emerson invadiu a área do Jacuipense, e foi derrubado após choque com Railan. O árbitro assinalou o pênalti, e Jerry foi para a cobrança. Mota defendeu, mas Paulinho ficou com a sobra e empurrou para o fundo do gol: 2×0 e título para o Carcará.

FICHA TÉCNICA

Jacuipense x Atlético de Alagoinhas – Campeonato Baiano (final – jogo de volta)

Jacuipense: Mota, Railan, Renato, Cabral e Evandro (Radar); Kaefer, Flávio (Jeferson) e Eudair (Newton); Ruan Levine (Henrique), Jeam (Isaías) e Robinho; Técnico: Rodrigo Chagas.

Atlético de Alagoinhas: Fábio Lima, Paulinho, Iran, Bremer e Matheus Leal; Sobral (Jeferson), Lucas, Dionísio (Emerson) e Miller (Lídio); Jerry e Thiaguinho (Allef). Técnico: Agnaldo Liz.

Estádio: Valfredão, em Riachão do Jacuípe;
Gols: Thiaguinho, aos 14 minutos do primeiro tempo; Paulinho, aos 48 minutos do segundo tempo;
Cartão amarelo: Radar, Henrique e Isaías, do Jacuipense; Iran, Fábio Lima, Leandro Sobral e Matheus, do Atlético de Alagoinhas; 
Cartão vermelho: Newton, do Jacuipense;
Arbitragem: Diego Pombo Lopez, auxiliado por Elicarlos Franco de Oliveira e Daniella Coutinho Pinto.
VAR: Marielson Alves Silva.

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