Foi no sufoco, mas o Bahia está na semifinal da Copa do Nordeste. Na noite desta quarta-feira (10), o tricolor sofreu para balançar as redes, mas venceu o Náutico por 3×0, na Fonte Nova, em jogo único pelas quartas de final, e garantiu a classificação.
Thaciano, Estupiñan e Jean Lucas, todos no segundo tempo, marcaram os gols da partida. Já o técnico Rogério Ceni voltou a ser vaiado pela torcida. No fim das contas, o triunfo mantém vivo o sonho do penta no torneio regional.
O adversário na próxima fase será o CRB, que passou nos pênaltis pelo Botafogo-PB. Por ter melhor campanha, o Bahia tem a vantagem de jogar na Fonte Nova.
O JOGO
Apesar do caráter decisivo e a importância que o duelo ganhou após a perda do título do Baianão, o técnico Rogério Ceni poupou alguns atletas. Gilberto, Gabriel Xavier e Yago foram escalados entre os titulares. A principal novidade, no entanto, foi a entrada do lateral direito Cicinho pelo lado esquerdo. Com isso, o volante Rezende, que estava atuando improvisado no setor, voltou ao meio-campo.
Como era esperado, o tricolor começou a partida com mais posse de bola e tentando impor o seu jogo sobre um adversário que montou um forte esquema na defesa. Na base da construção de pé em pé, aos poucos o Bahia achava espaços para quebrar as linhas do Náutico quando encaixava as jogadas.
A tônica do primeiro tempo, no entanto, foi a de um Esquadrão pouco criativo contra o Timbu que tentava aproveitar o erro do Bahia para construir um contra-ataque. Os goleiros, aliás, foram meros espectadores. Na melhor chance do tricolor, Gilberto cruzou na área e Biel pegou de primeira, mas a bola foi para fora.
Do outro lado, o alvirrubro assustou em cabeçada que Marcos Felipe operou um milagre. O árbitro acabou marcando impedimento na jogada, mas a torcida ficou na bronca e o time foi vaiado na saída para o vestiário.
O Bahia voltou do intervalo com Everton Ribeiro na vaga de Yago. Foi a saída encontrada por Rogério Ceni para deixar o time mais criativo. O panorama, no entanto, se manteve, com um Bahia que rondava a área pernambucana, mas sentia a falta de uma referência na área.
A relação entre Rogério Ceni e a torcida do Bahia ganhou um novo atrito quando o treinador tirou Biel e colocou Estupiñan em campo. O lateral Cicinho também deixou a partida para a entrada de Juba. Os tricolores se manifestaram com vaias.
O Bahia se lançou ao ataque e não deixou o Náutico jogar. A pressão deu certo. Aos 20 minutos, Cauly iniciou a jogada e achou Everton Ribeiro na entrada da área. O camisa 10 deu lindo passe para Thaciano, que pegou de primeira e anotou um golaço, aliviando a situação do Esquadrão.
A vantagem do Bahia forçou o Náutico a se arriscar mais no jogo. O Timbu subiu as linhas e apostou em bolas cruzadas na área para tentar o empate. A estratégia deu espaços para o Esquadrão puxar o contra-ataque. O time baiano ensaiou escapadas e em uma delas conseguiu ampliar.
Após o erro do Náutico no meio-campo, Everton Ribeiro recuperou a bola e lançou Estupiñan. O centroavante ganhou da marcação na velocidade, driblou o goleiro Vagner e tocou para as redes: Bahia 2×0, aos 34 minutos.
Ainda deu tempo de Jean Lucas, aos 40 minutos, aproveitar o passe de Caio Alexandre e também driblar o goleiro antes de marcar o terceiro e garantir a classificação do Bahia na Fonte Nova.
FICHA TÉCNICA
Bahia 3×0 Náutico – Copa do Nordeste (quartas de final)
Bahia: Marcos Felipe, Gilberto, Gabriel Xavier, Kanu e Cicinho (Juba); Rezende, Jean Lucas, Yago (Everton Ribeiro) e Cauly (Caio Alexandre); Biel (Estupiñan) e Thaciano. Técnico: Rogério Ceni.
Náutico: Vagner, Danilo Belão (Arnaldo), Guilherme Matos, Rafael Vaz e Diego Matos; Sousa, Wendel Lessa (Marcos Júnior), Marco Antônio (Thiago Lopes) e Patrick Allan (Gustavo Maia); Cléo Silva (Thalissinho) e Paulo Sérgio. Técnico: Mazola Júnior.
Local: Fonte Nova
Gols: Thaciano, aos 20 minutos do 2º tempo, Estupiñan, aos 34, e Jean Lucas, aos 40
Cartão amarelo: Wendel Lessa, Danilo Belão (Náutico)
Público: 22.671 pagantes
Renda: R$ 547.650,00
Arbitragem: Paulo José Souza Mourão, auxiliado por Ivanildo Gonçalves da Silva e Antônio Adriano de Oliveira (trio do Maranhão).