O campeão baiano de 2019 vai ser conhecido neste domingo (21). A partir das 16h, Bahia e Bahia de Feira se enfrentam na Fonte Nova, pela final do estadual. Em busca do 48º título, o torcedor do Esquadrão tem um motivo especial para acreditar na conquista: a hegemonia do tricolor diante dos clubes do interior. Esta é a 11ª vez que o Bahia enfrenta um time de fora de Salvador na decisão do Baiano. Nas outras 10, foi campeão em nove. O Bahia de Feira tenta igualar o conterrâneo Fluminense não só em número de títulos, como no fato de o Touro ser a única equipe do interior que superou o Bahia numa final, em 1963 – o bi em 1969 também teve o Bahia como vice, porém por pontos corridos. O Flu ainda encarou o Esquadrão na decisão em 1956, 1971 e 1991 e perdeu. Na sequência aparece a Catuense, vice-campeã para o Bahia em 1983, 1986 e 1987, sendo que em 86 o formato decisivo foi um quadranglar, portanto, sem final. Foi a década de ouro do clube que revelou Bobô, Vandick, Sandro, Zanata, Naldinho e Luís Henrique, todos de sucesso na história tricolor. O duelo mais recente entre capital e interior se deu em 2015. Naquele ano, o Bahia foi derrotado por 3×0 pelo Vitória da Conquista no jogo de ida, fora de casa, e goleou por 6×0 na Fonte Nova. O Esquadrão enfrentou ainda o Itabuna, em 1970; o Atlético de Alagoinhas, em 1973; e o Juazeiro em 2001. Curiosidade: em 1999, o título acabou dividido entre Bahia e Vitória. Por causa disso, o Poções é o vice-campeão, mas não houve confronto. Mesmo com o retrospecto a favor, o técnico Roger Machado prevê um duelo complicado. “O momento em que vai chegar é de otimismo, porém a primeira partida foi dura, final de campeonato. Vamos enfrentar um adversário que valorizou muito o empate que nós conquistamos. Não tenho dúvida que vai ser parada dura”, afirmou o treinador do Bahia. O jogo de ida, no Joia da Princesa, terminou 1×1.
Missão possível
Apesar do bom retrospecto do Bahia da capital diante dos times do interior, o Bahia de Feira também tem motivos para acreditar que pode sair da Fonte Nova como o novo campeão baiano. O primeiro deles é justamente a primeira conquista. Em 2011, o Tremendão derrotou o Vitória dentro do Barradão por 2×1, após empate no Joia por 2×2. Portanto, não seria uma novidade para a equipe levantar o caneco sobre um time da capital. Um novo empate hoje leva a decisão para os pênaltis, já que o regulamento do Baianão 2019 não tem a vantagem no saldo de gols. Mas vencer na Fonte Nova este ano também não seria inédito. Na primeira fase, o Bahia de Feira derrotou o tricolor por 2×0. Na ocasião, o Bahia, ainda treinado por Enderson Moreira, usou a equipe reserva. Do atual time do Bahia de Feira, três jogadores estavam na conquista de 2011: o goleiro Jair, o zagueiro Paulo Paraíba e o meia Bruninho. Mais experiente do trio, Jair, 39 anos, está confiante. “No jogo de ida nós criamos várias oportunidades. Infelizmente tomamos o gol no final, mas o time esteve de parabéns pelo empenho de todos. Agora é fazer uma boa partida dentro da Fonte Nova e sair com o título”. (Correios)