Bahia perde para o Grêmio e cai nas quartas da Copa do Brasil

Tricolor caiu sete vezes nas quartas de final (Arisson Marinho / Correio)

Não deu, Baêa. Na noite desta quarta-feira (17), repetiu-se a já irritante sina do Esquadrão na Copa do Brasil de ser eliminado sempre nas quartas de final.

Depois de empatar em 1×1 em Porto Alegre, o Bahia perdeu por 1×0 para o Grêmio, na Fonte Nova. Foi a sétima queda do tricolor nessa fase.

Repetiu-se, assim, a campanha de 2018, quando o algoz foi o Palmeiras. Agora só resta a Série A, que já tem jogo no sábado (20), às 17h, na Fonte Nova, contra o Cruzeiro.

O duelo desta quarta teve alguns personagens. O principal dele Moisés. O lateral esquerdo falhou no único gol do Grêmio, aos 18 minutos do segundo tempo.

Depois, foi expulso ao tocar em Alisson na linha da área tricolor quando era o último homem na marcação.

É mata-mata
Foi um primeiro tempo, de fato, de mata-mata. Dois times se estudando e trocando passes sem querer correr riscos. Diante disso, qual seria o resultado? Pouca, ou nenhuma, emoção em campo.

Para se ter ideia, o primeiro chute a gol só veio aos 25 minutos, e foi do Bahia. Ramires cobrou falta para a área, Kannemann desviou e no rebote Lucas Fonseca chutou rasteiro. Paulo Victor pegou.

Mesmo jogando em casa, o Esquadrão ligou o seu ‘modo mata-mata’ que tem-se visto nessa Copa do Brasil: time inteiro na intermediária marcando e apostando no contra-ataque em velocidade.

Não deu certo. Gilberto até que tentou várias vezes fazer o eficiente pivô para a passagem de Artur e Elber, mas a conexão não saiu limpa. Só aos 34, quando Douglas lançou, o camisa 9 escorou e o baixinho chutou longe.

Com mais posse de bola, o Grêmio foi entendendo o jogo e crescendo aos poucos. Com paciência para trocar passes, em algum momento conseguiria entrar na área.

Para que a posse gremista fosse tão grande contribuiu, e muito, o fato do Bahia simplesmente entregar a bola ao adversário. Sempre que dominava, o tricolor forçava o passe. Sem capricho, saía frequentemente errado.

Mas, assim como o Bahia, o Grêmio só assustou uma vez. Aos 42, Jean Pyerre fez bela jogada individual na entrada da área se livrando de dois marcadores e tocou para André. Ele chutou no canto, mas Douglas espalmou para fora.

Dois vacilos
No início do segundo tempo, mais jogo de mata-mata. Foram 15 minutos sem qualquer chute, nem mesmo para fora. O jejum acabou numa linda jogada de Arthur Caíke, que acabara de entrar. Ele recebeu na área e tentou o lençol sobre Cortez. Na hora de chutar, o lateral se recuperou e desviou finalização.

A diferença era que, naqueles primeiros minutos, a posse de bola não era mais só do Grêmio. O Esquadrão passou a espalhar mais a equipe pelo campo e começou a ocupar a intermediária ofensiva.

Curioso foi que a estratégia montada pelo Esquadrão para morder o time gaúcho acabou mordendo o próprio tricolor.

Aos 18 o Bahia foi ao ataque para cobrança de escanteio, mas Paulo Victor ficou com ela. No contra-ataque, Alisson ficou esperando o passe nas costas de Moisés.

O lateral vacilou e não o notou. Matheus Henrique, sim. O meia acertou um belo passe. O atacante, por sua vez, levou para o meio, passou por Moisés e chutou. 1×0.

A vida de Moisés podia ficar pior, e ficou. De novo no contra-ataque.

Aos 27, Alisson partiu em velocidade com Moisés tentando acompanhar. Na entrada da área, o lateral tocou nele e o atacante caiu na área. Inicialmente, o árbitro apontou o pênalti. Teve VAR.

Três minutos depois, voltou atrás da decisão e expulsou Moisés, já que era o último homem na marcação.

O Tricolor ainda teve uma chance preciosa para empatar. Foi aos 38 minutos: Nino Paraíba cruzou em direção à área e Fernandão, que havia acabado de entrar, subiu. A bola raspou a trave.

Enfim, a expulsão prejudicou qualquer reação do Bahia. Resta a Série A.

FICHA TÉCNICA:

Bahia: Douglas; Nino Paraíba, Lucas Fonseca, Juninho e Moisés; Gregore, Elton (Shaylon) e Ramires (Fernandão); Artur, Gilberto e Elber (Arthur Caíke). Técnico: Roger Machado.

Grêmio: Paulo Victor; Leonardo, Geromel, Kannemann e Cortez; Matheus Henrique, Maicon (Rômulo) e Jean Pyerre (Luan); Alisson (Pepê), André e Everton. Técnico: Renato Gaúcho.

Estádio: Fonte Nova
Gols: Alisson, aos 18 minutos do 2º tempo
Cartões amarelos: Gregore, Fernandão, Gilberto e Elton (Bahia); Everton, Matheus Henrique, Maicon e Kannemann (Grêmio)
Cartão vermelho: Moisés

Público: 46.663 torcedores
Renda: R$ 1.349.590,50
Árbitro: Braulio da Silva (SC), auxiliado por Kleber Lucio Gil (SC) e Bruno Pires (GO)

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