Nos últimos dias, em média 130 pacientes aguardaram, pelo menos, 24 horas por leitos Covid-19 de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) na Bahia. A taxa aponta uma redução em cerca de 74% da fila de espera em comparação com o pior momento da segunda onda de infecções no estado, quando 513 indivíduos chegaram a compor a espera para regulação em um único dia.
O titular da pasta da Saúde, Fábio Vilas-Boas admitiu em entrevista nesta segunda-feira (05), uma melhora no cenário da segunda onda, porém ainda revela preocupação com os números. “Atualmente parte destes pacientes são da região Sudoeste que não tem tantos leitos. O governo abriu, na última sexta, 10 leitos e a previsão é de colocar mais 10 em operação nessa região. Um dos pontos que também retardam o processo de redução da fila é que familiares recusam a transferência e deixam os pacientes em estruturas menos equipadas”, explicou.
Uma determinação estadual permitiu a retomada das atividades presenciais parcialmente em toda a Bahia a partir desta segunda (05). Sobre o assunto, Vilas-Boas disse que a taxa de ocupação ainda é elevada e que em qualquer sinal de piora, a gestão terá de voltar atrás. “Ninguém tem o poder de antever o futuro, a flexibilização acontecerá de forma rigorosa. Vamos acompanhar ao longo dos dias, no entanto, qualquer sinal que aponte uma piora nos índices teremos de voltar atrás. O risco é o desgaste de abrir e fechar, e com isso a população vai deixando cada vez mais de aderir as medidas. A pressão é muito grande da sociedade para que se flexibilize e nós da área da saúde temos que dar o suporte para o retorno da vida normal”, concluiu o secretário. (Metro1)