A Bahia registrou aumento da área com seca de 83,2% para 100% de seu território entre fevereiro e março desde ano, segundo dados do Monitor de Secas, divulgados nesta sexta-feira (23), pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA).
Conforme o levantamento, os dados têm bases diferente da seca o que significa que que o estado não passa por falta d’água extrema, mas sim, pode registrar desde níveis de açude mais baixos que o desejável, a escassez ou restrição de água em diferentes regiões da Bahia. Assim, o levantamento é feito com base em cinco níveis de seca: fraca, moderada, grave, extrema e excepcional. [Veja tabela abaixo]
Segundo o monitor, a última vez que o estado registrou 100% do território atingido pela seca foi em março de 2019. Com isso, conforme o levantamento, cerca de 55% do território teve seca moderada, 44% seca fraca e 1% de seca grave, no levantamento de março deste ano.
Com base no território das 20 unidades da federação acompanhadas pelo levantamento, a Bahia liderou a área com maior registro de seca em março, seguida por Mato Grosso do Sul e Minas Gerais. As outras unidades da federação monitorados são: Alagoas, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe e Tocantins
Além disso, ainda segundo levantamento, a seca moderada passou de 13% para 54% nos últimos dois meses, no território baiano. Já o índice de ressurgimento de áreas com seca grave foi de 1% no estado, no mês de março.
Na Bahia, no período do levantamento, houve avanço da seca moderada no centro-norte e da seca fraca no sudeste do estado, em decorrência de chuvas abaixo da média nos últimos meses. Pela mesma razão, a seca intensificou em parte do oeste baiano, passando de moderada para grave, e no extremo sul e sudoeste do estado, passando de fraca para moderada.
Segundo o monitor, a piora na condição de seca em março nos estados do Nordeste do país é devido às chuvas abaixo da média ao longo dos últimos meses.
O Monitor de Secas realiza o acompanhamento contínuo do grau de severidade das secas no Brasil com base em indicadores do fenômeno e nos impactos causados em curto e/ou longo prazo. Na Bahia, o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) é responsável pelo monitoramento e fornecimento dos dados.
O levantamento é coordenado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), com o apoio da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (FUNCEME), e desenvolvido conjuntamente com diversas instituições estaduais e federais ligadas às áreas de clima e recursos hídricos, que atuam na autoria e validação dos mapas. (G1)