A Bahia recebeu 22 notificações da doença de Haff até esta terça-feira (26), de acordo com informações da Secretaria estadual da Saúde (Sesab). Destes, foram confirmados 18 casos da enfermidade — também conhecida com doença da urina preta. Os outros quatro foram descartados.
As notificações foram feitas nos municípios de Alagoinhas (5), Salvador (13), Maraú (1), Mata de São João (1), Simões Filho (1) e São Francisco do Conde (1).
Na segunda-feira (25), a secretária da pasta, Tereza Paim, disse em entrevista à Rádio Metropole que ainda não pensa em adotar medidas proibitivas a respeito do consumo de pescados em Salvador e no Recôncavo Baiano, ao menos enquanto não houver informações suficientes do que causa a doença.
A resposta da secretária foi feita a partir de um questionamento baseado nas declarações da diretora científica da Sociedade Baiana de Nefrologia, Ana Flávia Moura, que disse que a doença ficou ligada principalmente ao consumo do Badejo (Mycteroperca) e alguns outros peixes, mas é preciso ter cuidado com qualquer pescado ou frutos do mar.
Tereza Paim alertou ainda para a importância da notificação dos casos, uma vez que ainda precisam ser estudados.
Segundo a Sesab, os casos compatíveis com doença de Haff estão na faixa etária de 20 a 79 anos. A faixa etária mais acometida é de 35-49 anos com 7 casos (38,9%), seguida da faixa etária de 20 a 34 anos com 5 casos (27,8%), de 50 a 64 anos com 4 casos (22,2%) e 65 a 79 anos com 2 casos (11,1%). Entre os casos compatíveis 66,7% foram do sexo masculino. (METRO1)