Dez dos 198 baianos resgatados do trabalho similar a de escravo no Rio Grande do Sul foram contratados nesta segunda-feira (6), por um shopping e por um hipermercado de Lauro de Freitas, cidade que fica na Região Metropolitana de Salvador. As contratações foram intermediadas pela prefeitura da cidade.
Além disso, também nesta segunda, os Ministérios Públicos da Bahia e do Rio Grande do Sul participaram de uma reunião com as empresas envolvidas no caso. Entre os temas, o termo de ajustamento de conduta e o pagamento de indenizações e rescisões trabalhistas foram discutidos, mas nenhum documento foi assinado.
Em relação aos empregos, a prefeitura de Lauro de Freitas havia anunciado no domingo (5) que as vagas seriam oferecidas, mas não havia especificado quando os baianos seriam contratados.
Um dos homens que foi contemplado com uma das dez vagas contou que aceitou o emprego de colheita de uvas para as vinícolas, porque na época estava desempregado há cerca de um ano. Lá, ele foi agredido e viu outros colegas passarem pela mesma situação.
“Nosso sonho era esse, trabalhando de carteira assinada. O que importa agora é isso, eu e meus colegas termos um trabalho digno e levarmos o sustento para as nossas famílias”, disse o baiano, que não quis ser identificado.
As dez vagas foram destinadas a baianos que nasceram na cidade e que foram acolhidos no Núcleo Municipal de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e Contrabando de Migrantes (NETP), da Secretaria Municipal de Políticas Afirmativas, Direitos Humanos e Igualdade Racilal (SEPADHIR). (g1)