A primeira experiência em uma unidade da rede de fast-food KFC, no shopping Iguatemi, em Porto Alegre, não terminou como o servidor público Carlo Felipe Sardi, de 54 anos, esperava. Na segunda-feira (27), ele afirma que foi à lanchonete com a sobrinha Júlia Penha e, ao comer um sanduíche, alega ter mordido uma barata.
“Incrédulo, ainda mastigava o sanduíche bestificado. Fiquei sem reação. Isso é o tipo de coisa que só se vê acontecer com outras pessoas, na televisão. Ninguém prepara você para um momento desses”, diz.
O KFC Brasil diz ao g1 que já acionou os protocolos de verificação para apurar o ocorrido e que todos os restaurantes da marca passam por auditorias constantes, sendo a última realizada na unidade em questão em 10 de dezembro. Uma nova auditoria interna e outra, independente, serão realizadas nesta quarta-feira (29).
“A marca reafirma o compromisso com a qualidade dos seus produtos e com a segurança dos processos de qualidade”, disse, em nota. (Leia a íntegra ao fim da reportagem)
O caso passou a repercutir logo que a jovem e o tio comentaram nas redes sociais sobre o assunto. “O objetivo das postagens, antes de tudo, foi para chamar a atenção do público, para que não passem pela mesma experiência que tive, e dos órgãos de fiscalização”, aponta Carlo.
De acordo com Carlo, ambos foram conhecer o restaurante, mas ela não pediu nada e ele acatou a sugestão do balconista, que teria indicado o sanduíche com salada e batatas fritas.
Conforme o servidor público, ele estava comendo as batatas e o sanduíche quando, ao dar uma mordida, sentiu cair da boca o que pensou ser um pedaço de frango.
“A barata não estava nas batatas fritas, pois essas vieram soltas, servidas ao lado do sanduíche. E, pelo tamanho do animal, inteiro, seria impossível não vê-la e eu, mais ainda, de mordê-la”, descreve. “Por alguns momentos ficamos, eu e Júlia, em choque olhando aquilo, quando ela resolveu tirar fotos e eu, reclamar ao gerente”, acrescenta.
Apesar da estupefação, Carlo afirma que reclamou e ainda tentou dissuadir outras pessoas na fila a comerem no local mostrando a barata na bandeja.
A KFC afirma que ressarciu o cliente e tenta contato para esclarecer o assunto. Carlo diz que procurou atendimento médico para verificar se havia algo de errado, já que mesmo escovando os dentes e fazendo gargarejos com enxaguante bucal, não se desfaz da sensação de morder o inseto.
“Tive diarreia, cólica intestinal e forte azia. Falei com minha médica, que me aconselhou a fazer exames e tomar vermífugo e antibiótico”, relata.
Contudo, ele foi tranquilizado pelo médico do posto de saúde, que, segundo Carlo, indicou um antibiótico, para prevenir qualquer possível infecção, juntamente com soro, para hidratação. Após longa conversa com o médico, ele afirma, conseguiu voltar a comer.
“Infelizmente não consegui comer nada desde o incidente. Tenho nojo. Não conseguia engolir minha própria saliva. Acumulava na boca e ia cuspir na pia. A coisa toda é muito mais psicológica do que física”, assegura.
Nota da KFC
O KFC Brasil reforça que segue rigorosamente todos as recomendações da vigilância sanitária e demais órgãos competentes e está empenhado em apurar os fatos. A marca esclarece que logo que tomou conhecimento do caso acionou imediatamente a cliente.
O KFC Brasil destaca que já acionou os protocolos de verificação para a loja KFC Iguatemi Porto Alegre para apuração do ocorrido. Todos os restaurantes da marca passam por auditorias constantes, sendo a última realizada na unidade em questão, na data de 10/12. Uma nova auditoria interna e outra, independente, serão realizadas na tarde de hoje, 29/12.
Por fim, a marca reafirma o compromisso com a qualidade dos seus produtos e com a segurança dos processos de qualidade. (G1)