Barraqueiros protestam contra novas regras na Praia do Porto da Barra, em Salvador

Limitação de mesas e cadeiras na faixa de areia gera descontentamento entre comerciantes, que pedem revisão das normas da Semop

A Praia do Porto da Barra, um dos principais cartões-postais de Salvador, amanheceu com a faixa de areia mais vazia nesta terça-feira (28).

O cenário diferente foi resultado de um protesto dos barraqueiros locais contra novas regras estabelecidas pela Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop), que restringem a quantidade de kits — compostos por uma mesa, um sombreiro e quatro cadeiras — a apenas 10 por comerciante.

A decisão da Semop foi motivada por reclamações de banhistas sobre o excesso de ocupação na areia, comprometendo o espaço disponível para os frequentadores. Além da limitação dos kits, os vendedores devem respeitar uma área demarcada entre o Forte São Diogo e o Forte de Santa Maria.

A medida visa melhorar a organização do uso público da praia, que é uma das mais movimentadas da capital baiana.

Uma das barraqueiras, em entrevista ao Repórter Metropole, defendeu que o limite atual de 10 kits é insuficiente e propôs uma nova negociação com a Semop para aumentar o número para 30 por barraqueiro. Segundo ela, com essa quantidade, 900 cadeiras ocupariam a faixa de areia, ainda ficando abaixo da capacidade estimada de mil cadeiras na metade da praia.

Durante o final de semana, a Semop realizou uma fiscalização para garantir o cumprimento das normas. Em nota, o órgão afirmou que a maioria dos ambulantes seguiu as novas determinações, mas alguns foram notificados por exceder os limites estabelecidos.

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