Há duas semanas, o técnico brasileiro Bernardinho deixou o comando da seleção masculina de vôlei da França. Contratado para dirigir o selecionado nos Jogos Olímpicos de Paris-2024, o treinador revelou ao jornal francês L’Équipe que pediu demissão para poder cuidar da filha de 12 anos.
“Desde meu divórcio, a situação tem sido um pouco difícil com minhas duas filhas. A mais nova [de 12 anos] sofreu com a separação. Psicologicamente, ela estava mal. Discutimos, mas percebi que não podia deixá-la sozinha”, afirmou.
O comandante, de 62 anos, disse que a decisão foi a mais difícil da sua vida.
“A decisão foi a mais difícil da minha vida. Não é fácil abandonar um projeto tão bonito, tão especial. Estavam à vista os Jogos Olímpicos de Paris, com um grande grupo de jogadores”, comentou.
Bernardinho se separou da ex-jogadora de vôlei Fernanda Venturini. Eles ficaram casados por 25 anos e se divorciaram em outubro de 2020. O casal teve duas filhas, Júlia e Vitória.
Como treinador, Bernardinho teve passagens de sucesso no comando do Brasil tanto na seleção feminina quanto na masculina. Com as mulheres, onde dirigiu Fernanda Venturini, ele conquistou dois bronzes nos Jogos de Atlanta em 1996 e em Sydney quatro anos depois. Já com os homens, ele acumulou dois ouros em Atenas-2004 e Rio-2016, duas pratas em Pequim-2008 e Londres-2012, além de três títulos mundiais em 2002, 2006 e 2010, e oito Ligas Mundiais. (BN)