O presidente da República, Jair Bolsonaro, afirmou que o auxílio emergencial não será prorrogado após dezembro, pois, segundo ele, o país não pode se endividar ainda mais. Além disso, ele disse que, para aqueles que se sentirem prejudicados com essa decisão, devem pedir dinheiro para quem os demitiu.
“Se não trabalhar, não come. A gente lamenta, mas o auxílio emergencial, que era para três meses, nós prorrogamos por mais dois. Prorrogar não, acabou. Nós criamos um outro auxílio emergencial, não mais de R$ 600, mas de R$ 300. Não é porque eu quero pagar menos, mas é porque o Brasil não tem mais como se endividar mais”, disse o chefe de Estado durante uma transmissão ao vivo nas redes sociais na noite dessa quinta-feira (10).
“Não terá uma nova prorrogação, porque o endividamento cresce muito, o Brasil perde confiança, juros podem crescer e pode voltar a inflação. Eu não quero culpar ninguém, mas vão pedir o auxílio para quem tirou o seu emprego. Para aqueles que falaram: ‘Fique em casa’. O Brasil todo parou”, completou.
Auxílio
O auxilio emergencial é destinado a trabalhadores informais, autônomos, microempreendedores individuais e desempregados que enfrentam os efeitos econômicos provocados pela pandemia de coronavírus. O benefício começou a ser pago em abril em três parcelas no valor de R$ 600 e, em junho, foi prorrogado por mais duas parcelas de R$ 600.
Na semana passada, o governo federal anunciou a prorrogação até dezembro. Porém, as parcelas pagas a partir de setembro serão de apenas R$ 300.
Conforme o governo, o auxílio chegou a 80% dos domicílios mais pobres do país e ampliou em mais de 23% o rendimento de famílias no Nordeste, de acordo com pesquisas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O ministro da Economia, Paulo Guedes, ressaltou que, no futuro, reformas serão muito importantes para a retomada econômica. “A base do governo e o presidente chegaram a duas decisões importantes: uma, estender essa camada de proteção à população brasileira. Dentro da nossa ideia do que é possível fazer com os recursos que nós temos, estender por quatro meses o valor de R$ 300 de auxílio emergencial. E, importante, sinalizando para o futuro a retomada das reformas. A reforma administrativa é importante”, explicou. (O Tempo)