O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) criticou, mais uma vez, o ex-ministro da Justiça Sergio Moro. O ex-juiz foi chamado de ‘covarde’ por, segundo o presidente, ter dificultado a política de posse de arma de fogo e por ter desejado multar quem estivesse na rua durante a pandemia.
“Para vocês entenderem quem estava do meu lado, essa IN (Instrução Normativa) 131 é da PF, mas [foi feita] por determinação do Moro. Ignorou decretos meus para a posse de arma de fogo para as pessoas de bem”, afirmou o presidente.
No dia 08/05, em audiência na Câmara dos Deputados, Moro, que até então era ministro da Justiça e Segurança Pública, se eximiu de dar explicações sobre o decreto assinado por Bolsonaro, que flexibilizou o porte de armas para uma série de categorias. Moro subscreveu o decreto, porém disse a parlamentares da oposição que a medida não é de segurança pública, mas uma promessa eleitoral de Bolsonaro.
Também foi citado pelo presidente uma medida de Moro que previa prisão para quem descumprisse medidas de distanciamento social contra a Covid-19. “Por isso que naquela reunião secreta o Moro ficou calado de forma covarde. E ele queria ainda uma portaria depois que multasse quem estivesse na rua. Perfeitamente alinhado com outra ideologia que não a nossa”, provocou o presidente, e completou: “Graças a Deus ficamos livres dele”. (Varela)