Bolsonaro diz que não traz brasileiros da China porque ‘custa caro’ e não há lei de quarentena

Foto : Valter Campanato/Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro afirmou ontem (31) que o governo ainda estuda estratégias para buscar os brasileiros que vivem na China e querem retornar ao Brasil. Segundo ele, é necessário resolver entraves diplomáticos, jurídicos e orçamentários para viabilizar a volta dos cidadãos.

O mandatário se reuniu com ministros no Palácio da Alvorada, em Brasília, para discutir estratégias de de enfrentamento ao coronavírus e a situação de brasileiros que estão confinados em áreas de risco na China.

O encontro teve a participação dos ministros da Saúde, Luiz Henrique Mandetta; das Relações Exteriores, Ernesto Araújo; da Defesa, Fernando Azevedo e Silva; e da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.

“Custa caro um voo desses. Na linha, se for fretar um voo, acima de US$ 500 mil o custo. Pode ser pequeno para o tamanho do orçamento brasileiro, mas precisa de aprovação do Congresso”, declarou. O presidente descartou a ideia de editar uma medida provisória para agilizar esse trâmite.

Além do custo da operação, o presidente disse que a ausência de normas vigentes sobre quarentena pode dificultar o processo. “Ao trazer brasileiros pra cá, é nossa ideia colocar em um local para quarentena, mas qualquer ação judicial tira de lá. (…) Se lá temos algumas dezenas de vidas, aqui temos 210 milhões de brasileiros. Então, é uma coisa que tem que ser pensada, conversada antecipadamente com o chefe do Poder Judiciário, conversado com o Parlamento também”.

(Metro1)

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