Desde a criação do plano Real, Jair Bolsonaro (PL) será o primeiro presidente a encerrar o mandato deixando um salário mínimo valendo menos do que o momento da posse.
De acordo com informações do O Globo, o mínimo nunca perdeu poder de compra na gestão de nenhum outro mandatário, em primeiro ou segundo mandato.
Segundo cálculos da Tullett Prebon Brasil divulgados pelo jornal, a perda será de pelo menos 1,7%, se a inflação não for ainda maior que o previsto pelo mercado no Boletim Focus, do Banco Central.
No atual contexto, o piso salarial cairá de R$ 1.213,84 para R$ 1.193,37 entre dezembro de 2018 e dezembro de 2022, descontada a inflação.
“Da ótica das contas fiscais da União, a perda retratada em nossa simulação para o mínimo estende-se, em realidade, a todos os benefícios e pagamentos corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) — toda a folha da previdência, abono, Loas (Benefício de Prestação Continuada para idosos e pessoas com deficiência de baixa renda)”, diz relatório da corretora.
Dois fatores estariam por trás da perda inédita do mínimo, o ajuste fiscal e a aceleração da inflação no país. Desde 2019 o piso não é ajustado acima da inflação, por isso o poder de compra tem retraído.
Evolução do piso salarial nos diferentes governos (salário mínimo real descontada a inflação)
Fernando Henrique Cardoso:
1º mandato – 29,3%
2º mandato – 16,21%
Dois mandatos – 50,90%
Lula:
1º mandato – 27,87%
2º mandato – 22,20%
Dois mandatos – 57,83%
Dilma Rousseff:
1º mandato – 12,04%
2º mandato – 0,42%
Dois mandatos –
Michel Temer:
3,28%
Jair Bolsonaro:
-1,77%
(Bahia.Ba)
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