O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, disse nesta quarta-feira que entrou em contato com o comandante nacional da polícia equatoriana e outros dirigentes da Comunidade de Polícias das Américas, a Ameripol, para se colocar à disposição e oferecer ajuda em meio à crise de violência envolvendo o sistema penitenciário daquele país.
“Troquei mensagem com o diretor da Polícia do Equador, Cesar Zapata, e os demais diretores que integram a Ameripol, colocando a PF à disposição, e oferecendo apoio”, disse Rodrigues.
O diretor-geral da PF afirmou que também foram acionados adidos da PF na Colômbia e no Peru, países vizinhos ao Equador, para que acompanhassem a situação e prestem informações. Ele acrescentou que, por meio da Ameripol e da Interpol, a PF está atenta aos acontecimentos no Equador, com intercâmbio de informações e troca de dados.
Rodrigues destacou ainda que, em outubro passado, a PF admitiu, com custeio da própria corporação, um policial do Equador no Centro de Cooperação Policial Internacional (CCPI) do Rio de Janeiro. Segundo o diretor-geral, ele tem servido de ligação direta para a corporação acompanhar a situação.
Nesta quarta, o presidente do Equador, Daniel Noboa, disse que seu país está “em guerra” com gangues de traficantes, que mantêm mais de 130 guardas penitenciários e outros funcionários como reféns e na véspera tomaram o controle de uma estação de TV ao vivo, além de provocarem explosões em uma onda de violência que deixou as ruas das cidades desertas.
Na segunda, Noboa havia decretado um estado de emergência de 60 dias no país, incluindo toque de recolher e presença militar nas ruas e nas prisões, em meio a uma nova crise no sistema penitenciário. (UOL)