Cerca de 20 toneladas de calçados falsificados foram apreendidas no início da tarde desta segunda-feira (21), pela Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos de Cargas em Rodovias (Decarga), na Rua Teodoro, bairro Sítio Matias em Feira de Santana.
De acordo com o delegado Gustavo Coutinho, a mercadoria é da cidade de Nova Serrana (MG), estava em duas carretas e seria distribuída para outras cidades do interior da Bahia, além do estado de Sergipe.
“Esta foi mais uma apreensão que a Decarga realizou, desta vez aqui no bairro Sítio Matias onde tem uma série de galpões e um desses estava alugado com esta finalidade. Uma das carretas estava abarrotada com os produtos falsificados, em sua maioria sandálias e tênis, que vieram da cidade de Nova Serrana em Minas Gerais, e iria ser feita a distribuição para outras cidades aqui do estado, como Alagoinhas, Serrinha, Tucano, além de cidades em Sergipe. Também havia um caminhão menor com a placa de Moita Bonita, do estado de Sergipe sendo carregado quando nossa equipe chegou e pegou em flagrante o motorista”, explicou.
O galpão foi alugado por uma transportadora responsável por trazer toda a mercadoria de Minas Gerais. Segundo o delegado, os proprietários das carretas e das mercadorias, já foram identificados.
“Aqui no local só estava o motorista do caminhão menor, mas já foi identificada a pessoa que alugou o espaço, além dos proprietários das carretas e das mercadorias. Essas cargas estão sendo mapeadas e recebemos uma denúncia anônima informando que nesse momento estavam sendo descarregados produtos falsos, então prontamente nossa equipe se deslocou constatando a veracidade dos fatos”, afirmou ao Acorda Cidade.
Segundo o delegado, a cidade de Nova Serrana se tornou um polo de produtos falsificados, onde muitas fábricas já foram fechadas, mas retornaram com as atividades.
“Sabemos que nessa cidade existem quase duas mil fábricas de produtos falsificados. A polícia já fez várias apreensões, fechou diversas fábricas, mas acabam abrindo novamente e com isso o governo deixa de arrecadar muito dinheiro com impostos e resulta em menos educação, menos saúde, menos segurança pública para toda população. São marcas conhecidas e caras, e estas marcas também acabam perdendo com tanta falsificação”, destacou.
Toda mercadoria será contabilizada e entregue para um grupo de advogados que representa as empresas vítimas de falsificações, ficando a disposição da justiça.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.