A mortalidade do câncer de mama no Brasil é considerada baixa em relação a outros países, de acordo com o Ministério da Saúde. O país está situado na segunda faixa mais baixa com uma taxa de 13 por 100 mil, ao lado de países desenvolvidos como os Estados Unidos, Canadá e Austrália, e melhor do que alguns deles, como a França e o Reino Unido.
No entanto, o Brasil apresenta altos índices de incidência de câncer de mama em comparação com outros países. Nesse caso, a taxa de incidência é de 62,9 casos por 100 mil habitantes (taxa padrão utilizada mundialmente). A análise da situação do câncer de mama no Brasil, 2018, foi apresentada pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca) durante cerimônia de celebração do Outubro Rosa.
“O fato de a taxa de incidência ser relativamente alta e a de mortalidade ser relativamente baixa mostra que o nosso sistema de saúde, apesar de todos os problemas, está salvando muitas vidas. Mas temos imensos desafios pela frente”, ponderou Liz Almeida, chefe da Divisão de Pesquisa Populacional do Inca.
O ministério da saúde aponta que a mortalidade por câncer de mama está ligada principalmente ao acesso a diagnóstico e tratamento adequado no tempo oportuno. Por esse motivo a pasta defende a ampliação do diagnóstico do câncer o mais precocemente possível, ainda nos estágios iniciais da doença, quando o tratamento é mais efetivo.
Ano a ano, o Brasil vem conseguindo aumentar o percentual de casos diagnosticados nos estágios in situ (considerado zero) e I. O índice passou de 17,3% em 2000 para 27,6% em 2015. Mas essa proporção continua muita baixa na região Norte (12,7%), em contraste com as regiões Sul (29,2%) e Sudeste (30,8%). Mas é necessário avançar na prevenção e diminuição das desigualdades regionais e socioeconômicas. (BN)