A Polícia Federal (PF) encerrou o relatório final do inquérito aberto para investigar a morte de Genivaldo de Jesus Santos, que aconteceu em maio durante uma abordagem da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no município de Umbaúba, no sul do estado de Sergipe. O relatório, entregue nesta segunda-feira (26) ao Ministério Público Federal (MPF), indicia três agentes da PRF por abuso de autoridade e homicídio qualificado. As informações são da Agência Brasil.
“O inquérito policial foi encaminhado, nesta segunda-feira (26/9), ao Ministério Público Federal para providências de sua competência, permanecendo a Polícia Federal à disposição para quaisquer outras eventuais diligências julgadas necessárias ao apuratório”, declarou a PF, em comunicado.
Após a divulgação de imagens, a morte de Genivaldo ganhou projeção nacional. O vídeo mostra a vítima presa dentro de uma viatura esfumaçada, se debatendo com as pernas para fora do carro, enquanto um policial rodoviário mantinha a tampa do porta-malas abaixada, impedindo o homem de sair. De acordo com o Instituto Médico Legal (IML) do estado, Genivaldo morreu de insuficiência aguda secundária a asfixia. O motivo da abordagem teria sido parado pelos agentes por trafegar de moto sem capacete.
A PF indiciou três agentes por homicídio qualificado. Isso significa que se trata de um homicídio cometido em circunstâncias que tornam o crime mais grave do que já é. Nesse caso em específico, foi considerada a prática da asfixia na morte de Genivaldo e da impossibilidade dele se defender.
Os agentes seguem afastados de suas funções, mas não estão presos.
Em nota, o MPF confirmou o recebimento do inquérito e explicou que terá 15 dias para análise do inquérito e apresentação de denúncia. Após a conclusão do inquérito, a PF citou as colaborações da PRF e de outros órgãos nas investigações.
“A Polícia Federal agradece a grande colaboração prestada pela Secretaria de Segurança Pública do Estado de Sergipe, notadamente, o Instituto Médico Legal do Estado de Sergipe, bem como à Polícia Rodoviária Federal, pela agilidade no atendimento às demandas da investigação”. (bahia.ba)
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