A CBF anunciou nesta quinta-feira (25) a contratação da sueca Pia Sundhage, 59, para ser a técnica da seleção brasileira de futebol feminino. Ela se tornou a favorita ao cargo após a eliminação diante da França nas quartas de final da Copa do Mundo deste ano. A entidade decidiu pela saída de Vadão e a prioridade passou a ser a contratação de uma mulher para comandar o time. Sundhage acertou contrato por dois anos, com a possibilidade de renovação por mais dois.
A primeira prioridade dela será preparar a seleção para os Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020. O Brasil jamais conquistou a medalha de ouro na modalidade. Se completar o ciclo de quatro anos, ela será também a treinadora da seleção na Copa do Mundo de 2023, que ainda não tem sede definida.
“A escolha da Pia reflete a nova dimensão que vamos imprimir ao futebol feminino no Brasil. A partir da sua chegada, desenvolveremos um planejamento totalmente integrado entre a seleção principal e a base”, disse o presidente da CBF, Rogério Caboclo.
Pia Sundhage conquistou dois ouros olímpicos com a seleção americana, um nos Jogos de Pequim-2008 e o outro em Londres-2012.
Em 2016, no Rio de Janeiro, a sueca levou a seleção de seu país à decisão, mas perdeu para a Alemanha na final, ficando com a prata. No caminho até o jogo decisivo, eliminou as americanas e tirou, na semifinal, o Brasil de Vadão, nos pênaltis.
Vice-campeã do mundo com as americanas em 2011, Sundhage estava trabalhando com a seleção sub-16 feminina da Suécia.
Ex-jogadora, atuou por seis clubes e pela seleção nacional de seu país, alcançando um terceiro lugar na Copa do Mundo de 1991, a primeira organizada pela Fifa. Segundo a federação sueca, marcou 71 gols em 146 jogos ao longo da carreira.
Mas Pia Sundhage ganhou projeção mundial na função de treinadora.
Com passagens pelo futebol feminino americano e como assistente da seleção chinesa, assumiu seu principal desafio em 2008, quando foi anunciada pelos Estados Unidos.
Em 107 partidas no comando das americanas, somou 91 vitórias, dez empates e apenas seis derrotas.
(Folhapress)