Dez centrais sindicais brasileiras se unem neste ano para um ato unificado em comemoração ao Dia do Trabalho, celebrado nesta quarta-feira (1º). Entre elas estão CUT e Força Sindical, juntas nesta data pela primeira vez. Em Salvador, a mobilização está marcada para às 14h, no Farol da Barra.
“Vamos mostrar que somos fortes e juntos combateremos com luta e arte revolucionária o atual contexto de desmonte, de venda de estatais, desemprego, tentativa de por um fim na aposentadoria dos trabalhadores (as), ações truculentas que o governo de Bolsonaro (PSL) tenta impor para a classe de trabalhadores e aposentados (as)”, diz texto de manifesto da CUT-BA.
Em São Paulo, o evento, no Vale do Anhangabaú, no centro da capital paulista, terá shows de artistas como Ludmilla e Felipe Araújo. Também deve ser convocada uma greve geral para 14 de junho.
A falta de dinheiro para bancar festas grandiosas desde o fim da contribuição sindical obrigatória e a oposição ao projeto de reforma da Previdência são temas que têm unido as centrais em protestos desde o começo do ano. Neste ano, por exemplo, a Força Sindical abriu mão de sua tradicional festa na praça Campo de Bagatelle, na zona norte de São Paulo. O evento costumava ter a participação de cantores populares e sorteio de automóveis e já chegou a atrair 1 milhão de pessoas.
Em 2018, apelo por ‘Lula livre’
No 1º de Maio do ano passado, a CUT e outras seis centrais realizaram conjuntamente um ato em Curitiba (PR) focado no pedido da liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso três semanas antes.
Neste ano, o evento em São Paulo será organizado pelas centrais sindicais CGTB, CSB, CSP-Conlutas, CTB, CUT, Força Sindical, Intersindical, Nova Central e UGT, além das frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo. O lema é “Em Defesa dos Direitos dos Trabalhadores e das Trabalhadoras – Contra o Fim da Aposentadoria por mais Empregos e Salários Decentes”.
“Estamos construindo a greve geral, e a realização de atos unitários em diversas cidades neste 1º de maio é mais uma demonstração de unidade, que será decisiva para barrar os retrocessos contra a classe trabalhadora, em especial a reforma da Previdência”, disse Sérgio Nobre, secretário-geral da CUT.
“Faremos uma grande mobilização juntos para impedir que continuem os ataques aos direitos dos trabalhadores”, afirmou João Carlos Gonçalves (Juruna), secretário-geral da Força Sindical.