O custo médio da cesta básica de alimentos em setembro aumentou em 11 cidades e diminuiu em seis, de acordo com a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada mensalmente pelo DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) em 17 capitais.
Em Salvador houve uma redução de 1,36% e o custo da cesta ficou em R$ 478,86. No entanto, no acumulado dos últimos doze meses houve uma alta de 4,25%. Os produtos com redução do preço médio em relação a agosto foram: tomate (-12,73%), pão francês (-2,17%), farinha de trigo (-1,22%), carne bovina de primeira (-0,66%).
Produtos com alta de preço médio em relação a agosto: banana (6,37%), café em pó (6,01%), leite integral (1,56%), arroz agulhinha tipo 1 (1,33%), açúcar cristal (0,86%), manteiga (0,66%), óleo de soja (0,37%) e feijão carioquinha (0,12%).
A jornada de trabalho necessária para comprar a cesta báscia é de 95 horas e 46 minutos. Já o percentual do salário mínimo líquido comprometido para adquirir a cesta para uma pessoa adulta é de 47,06%.
Altas – Segundo o levantamento divulgado quarta-feira (6), as maiores altas foram em Brasília (3,88%) Campo Grande (3,53%), São Paulo (3,53%) e Belo Horizonte (3,49%).
Em relação a setembro de 2020, o preço do conjunto de alimentos básicos subiu em todas as cidades pesquisadas. A elevação dos valores chega a 38,56%, em Brasília, 28%, em Campo Grande, 21,62%, em Porto Alegre, e 19,54%, em São Paulo.
A capital paulista tem a cesta básica mais cara do país, custando R$ 673,45. Em Porto Alegre, o conjunto de alimentos ficou em R$ 672,39, e, em Florianópolis, R$ 662,85. As cestas mais baratas estão na Região Nordeste: Aracaju (R$ 454,03), João Pessoa (R$ 476,63) e Salvador (R$ 478,86).
Em João Pessoa, o custo do conjunto de alimentos teve queda de 2,91% e, em Natal, de 2,9%, ficando em R$ 493,29.
Entre os itens que puxaram as altas, está o açúcar, que teve aumento de preço, em setembro, em todas as capitais, sendo que as maiores altas foram em Belo Horizonte (11,96%), Vitória (11%), Brasília (9,58%) e Goiânia (9,15%). Segundo o Dieese, a falta de chuvas afetou a produção de cana-de-açúcar, reduzindo a oferta do produto.
Café – O café subiu em 16 das 17 cidades pesquisadas, com as maiores elevações de preço em Goiânia (15,69%), Campo Grande (14,79%), Brasília (10,03%) e Natal (9%). O preço do produto tem aumentado devido a alta do dólar, favorecendo as exportações, e o clima desfavorável, com a geada ocorrida em julho.
O óleo de soja teve alta em 15 capitais em setembro na comparação com agosto. A maior elevação foi registrada em Campo Grande (3,4%). De acordo com o Dieese, o aumento está relacionado com crescimento das exportações, especialmente para a China, devido aos problemas de escoamento da produção dos Estados Unidos. (Metro1)