Uma das mulheres que ajudou o adolescente de 12 anos a fugir na chacina de Mata de São João, na Região Metropolitana de Salvador, havia concorrido ao cargo de vereadora do município nas eleições de 2016. O crime aconteceu na segunda-feira (28) e deixou nove mortos e um ferido.
Sara Miranda Magalhães e Clícia Costa Magalhães foram apontadas pela delegada Christiane Inocência Coelho, diretora do Departamento de Polícia Metropolitana (Depom), como “heroínas”. No dia do crime, elas estavam em uma casa vizinha ao imóvel queimado pelos suspeitos e socorreram o adolescente que conseguiu escapar da casa em chamas.
Com o nome “Sara Sarita”, ela não venceu o pleito e não se candidatou novamente nas eleições seguintes.
Em uma das postagens nas redes sociais, Sara se definia como uma mulher determinada e corajosa, que nunca deixava os problemas a derrubarem.
Já Clícia, de 35 anos, aparece no Diário Oficial da Prefeitura de Mata de São João como classificada em 5º lugar em um concurso para agente de serviços na área de zoonose. O resultado foi publicado em 22 de agosto, apenas seis dias antes do crime.
Apesar disso, a prefeitura da cidade ainda não conseguiu confirmar que a classificada é a vítima da chacina, pois há a possibilidade de homônimos.
Além disso, moradores da Colônia JK, onde ocorreu o crime, afirmaram que Clícia e Sara seriam mãe e filha, mas a Polícia Civil não confirmou a informação.
Outras vítimas
Na casa que foi incendiada pelos criminosos, estavam nove pessoas: sete delas morreram e tiveram os corpos carbonizados. Os sobreviventes são o adolescente socorrido por Clícia e Sara e um bebê, que foi poupado pelos suspeitos e socorrido pelo pai.
Corpos encontrados carbonizados e parcialmente carbonizados eram de:
- Carla Souza dos Santos, de 17 anos
- Gabriel Souza dos Santos, de 13 anos
- Brenda Bispo dos Santos, de 16 anos
- Bianca dos Santos Almeida, de 18 anos
- Carlos Augusto Gonzaga dos Santos, de 41 anos
(g1)