Eleitores do Chile decidiram por ampla maioria que o país terá uma nova Constituição, em decisão tomada após plebiscito histórico organizado ontem (25). Com quase 100% das urnas apuradas, os resultados apontaram uma vitória favorável por um novo texto constitucional por 78,2% dos votos. Além disso, 79% preferiam que o texto seja debatido por uma nova comissão a ser eleita posteriormente.
Logo após o fechamento das urnas e com os resultados, centenas de manifestantes voltaram à Praça Itália, em Santiago. O local se tornou um símbolo dos protestos que tomaram o Chile em 2019 e que levaram à proposta de uma nova Constituição.
A carta magna está vigente desde a ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990), mas já sofreu emendas e modificações desde então. O próximo passo agora é a eleição marcada para o dia 11 de abril do ano que vem, que escolherá os 155 delegados constituintes, responsáveis por elaborar o novo texto, um processo que deve durar até 12 meses.
“É uma reivindicação feminista há anos e gostaríamos que a paridade não só existisse no sistema político, mas também em todos os setores, tanto privado quanto público”, disse à AFP Rosa Montero, presidente do partido político em formação Alternativa Feminista. (Metro1)