O ciclismo tem conquistado corações pelo Brasil nos últimos anos, e após o impacto da pandemia, sua popularidade cresceu ainda mais. De acordo com dados da Aliança Bike, o ciclismo se estabeleceu como uma das práticas esportivas que mais crescem no país, com um notável aumento de 118% em 2022, em comparação com 2019.
Esse entusiasmo chegou até Edza Brasil, uma farmacêutica nascida em Paramirim, na Bahia, município que fica a cerca de 650 km da capital, Salvador, que mergulhou de cabeça no mundo das bikes e desbrava diversos caminhos na Europa.
Ela começou a pedalar regularmente há alguns anos, se dedicando ao esporte três vezes por semana. A necessidade de uma vida mais saudável foi o principal combustível que a fez iniciar a prática esportiva.
Antes da pandemia, Edza já havia acumulado uma série impressionante de experiências ciclísticas. A convite de uma amiga, ela se aventurou pela Europa, percorrendo 570 km pela Alemanha, Áustria, Suíça e Itália. Para essa aventura, ela contratou o profissional Henrique Marinho para treiná-la.
“No início o receio era não t;er o preparo muscular, então fiz reforço com musculação, reposição de hormônios e suplementos. Também treinava mais vezes, para diminuir as chances de um problema cardíaco”, disse Edza.
A pandemia, no entanto, não conseguiu deter a determinação de Edza. Pelo contrário, ela aproveitou o tempo de inatividade forçado para melhorar ainda mais sua preparação física e mental. Quando as restrições de viagem começaram a diminuir, Edza estava pronta para novos desafios, e ela os abraçou.
Dessa vez, pedalando por Holanda e Bélgica, Edza encarou 620 km em cima de sua bike. Na Toscana, na Itália, pedalou por mais 400 km. Edza ainda desbravou a República Tcheca e a Áustria, percorrendo 330 km entre Praga e Viena.
“Hoje eu me considero ciclista, isso me fez renascer. A bicicleta é minha terapia. Além disso, prepara meu corpo para uma vida mais feliz e músculos mais fortes, declarou a farmacêutica.”
Em março deste ano, Edza teve parte de sua história contada pela escritora Jacqueline Moreno, em um livro que leva o nome da ciclista. A obra narra histórias da vida da farmacêutica, com citações da mesma ao longo do conteúdo. Entre as histórias está a primeira bicicleta, que surgiu na infância e atualmente está presente na sua vida pessoal e profissional. (ATarde)