A passagem do ciclone Idai já deixou mais de 150 mortos em Moçambique e no Zimbábue, informou nesta segunda-feira (18) a agência Reuters, citando autoridades locais. A tragédia, no entanto, tende a chegar a números maiores, já que o canal local TVM já fala em 84 mortes em Moçambique, e o presidente moçambicano, Filipe Nyusi, afirmou em entrevista para uma rádio estatal que o número de vítimas pode chegar a mil.
Beira, a segunda maior cidade moçambicana, e seu arredores ficaram 90% danificados ou destruídos. “O alcance dos danos provocados pelo ciclone Idai é enorme e aterrorizante”, afirmou a Federação Internacional da Cruz Vermelha (FICV) em um comunicado. Segundo a FIVC, pelo menos 55 das mortes foram registradas nessa cidade de 530 mil habitantes.
O ciclone atingiu o centro de Moçambique na noite de quinta-feira (14) e avançou rumo ao Zimbábue e o Malawi, destruindo tudo em sua passagem: estradas, escolas, casas, lojas, hospitais e até mesmo uma represa.
As fortes chuvas previstas para a região e o avanço das equipes de emergência pelas localidades atingidas devem elevar o número de vítimas, segundo a Cruz Vermelha.