No interior de São Paulo, uma cidade serve de exemplo daquilo que acontece quando a comunidade adere maciçamente à vacina anti-Covid.
A família do empresário Lourival Panhozzi passou os últimos dia isolada, depois de contrair Covid: “Eu, minha esposa, minha filha de 6 anos, a minha neta também se contaminou. Ontem terminou o meu isolamento”, conta.
Os casos em Botucatu, cidade de 149 mil habitantes, dispararam. Na semana passada, foram quase 2 mil casos positivos conhecidos – um aumento de mais de 700% em comparação com a primeira semana de 2022.
“Se a gente comparar com o pito anterior que tivemos em junho de 2021, que foi perto de mil casos, na época nós tínhamos 111 pessoas de Botucatu internadas por Covid, 38 se encontravam em UTI – muitos intubados, precisando de hemodiálise – e registramos 31 óbitos naquele mês de junho do pico anterior. e nos últimos 60 dias, registramos apenas 2 óbitos aqui no município de Botucatu”, diz André Spadaro, secretário de Saúde de Botucatu.
Atualmente, só quatro moradores estão internados em enfermaria. Nenhum paciente está na UTI.
“Nós não temos dúvida de que a vacinação reduziu o número de casos graves, reduziu o número de mortes e isso tem feito com que Botucatu tenha internado menos pessoas do que outros municípios aqui do interior paulista”, afirma o médico infectologista Carlos Magno Fortaleza.
Botucatu faz parte de um estudo do Ministério da Saúde, da Fiocruz, da UNESP e da Universidade de Oxford para testar a efetividade da vacina da AstraZeneca. Em maio de 2021, a cidade vacinou 80% dos adultos em dois dias. A segunda dose foi aplicada em agosto e o reforço começou em dezembro.
“Por isso é muito importante tomar a vacina. Vacina salva vidas, nos protege e protege todos que estão a nossa volta”, afirma a enfermeira Elaine Pavani. (G1)