Clínicas de estética em diferentes estados do Brasil estão comercializando de forma irregular o medicamento Mounjaro, conhecido popularmente como “caneta emagrecedora”. Segundo levantamento do portal g1, unidades localizadas no Maranhão e no Piauí anunciam o produto pelas redes sociais e aplicativos de mensagens, oferecendo doses fracionadas sem exigência de receita médica.
Além do remédio, os estabelecimentos ainda promovem pacotes com “bioimpedância grátis” e consultas com profissionais que não são médicos.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) alerta que o Mounjaro, fabricado pela farmacêutica Eli Lilly, só pode ser vendido em farmácias, mediante apresentação de receita médica, e em embalagens fechadas. O medicamento foi aprovado no Brasil em 2023 para o tratamento do diabetes tipo 2, mas ainda não recebeu autorização para uso com finalidade de emagrecimento.
A venda irregular representa um risco à saúde pública. A Anvisa e a fabricante alertam que produtos vendidos fora dos canais oficiais podem ser falsificados, armazenados de forma inadequada e causar efeitos adversos graves.
A partir de julho de 2025, a receita médica para o Mounjaro e outros medicamentos com potencial emagrecedor passará a ser retida pelas farmácias, como forma de reforçar o controle sobre o uso desses produtos.
As autoridades também vêm intensificando a apreensão do remédio contrabandeado, com aumento significativo de ocorrências nos aeroportos brasileiros no primeiro trimestre de 2025.