O coronavírus abalou o cronograma de construção da prometida – há pelo menos 13 anos – ponte Salvador-Itaparica, cuja licitação foi ganha por um consórcio formado por três estatais do país de onde ninguém sai nem entra livremente desde que a doença virou uma epidemia que ameaça a saúde mundial.
Os representantes das empresas deveriam ter aparecido em Salvador na última segunda-feira para assinar o contrato com o governo, que será sócio do empreendimento com um aporte de cerca de R$ 1,5 bi do seu valor global de aproximadamente R$ 7 bi.
Questionado sobre o impacto do vírus no calendário das obras, o vice-governador e secretário de Desenvolvimento Econômico, João Leão (PP), admite que não sabe o que acontecerá. Mas, dado seu protagonismo para a sobrevivência do projeto, deveria ser menos lacônico.
Se a prudência não recomenda a vinda dos chineses, que conscientemente resolveram suspender a visita à Bahia, nem muito menos a ida de Leão à China pedir esclarecimentos, não impede, entretanto, que o vice-governador pegue o telefone e converse com os executivos chineses sobre o que está acontecendo.
Certamente os representantes da China Railway 20 Bureau Group Corporation (CR20), da CCCC South America Regional Company e da China Communications Construction Company Limited (CCCC Ltd) não se negarão a prestar informações sobre quais são seus planos após o esperado controle da epidemia em seu país.
(Política Livre)