A Claro já começou a comunicar os consumidores sobre o fim da marca Net, nome que virou sinônimo do serviço de TV por assinatura no país. As duas já pertenciam ao mesmo grupo de telecomunicações, a América Móvil, do empresário mexicano Carlos Slim. Em junho deste ano, a empresa de telefonia anunciou a incorporação total da marca Net.
Segundo a Claro, os serviços vão continuar os mesmos. Planos e canais de atendimento permanecem sem alterações nos modelos e nos preços. As principais mudanças são visuais. Além da conta no fim do mês, que passará a vir com o símbolo da Claro em vez da Net, as lojas, os sites e os aplicativos serão atualizados.
Os aparelhos e os controles remoto serão substituídos de forma gradual. Os novos clientes devem receber esses materiais com a substituição da marca, mas, para os atuais, nada muda. A Claro, no entanto, não soube informar quando esse processo de transição será finalizado.
Quem tem processos contra a Net também não precisa se preocupar. De acordo com a Fundação Procon, a razão social – nome jurídico do fornecedor de serviço – continua a mesma.
Dona também da Embratel, e mais recentemente da Nextel, a America Móvil espera que a incorporação recheie o portfólio da Claro, concentrando investimentos e atuação mercadológica em uma só marca. A integração de Net e Claro começou em 2010, quando a Embratel adquiriu a Net, colocando as três empresas sob o mesmo guarda-chuva do conglomerado América Movil.
A junção, de fato, entre as três companhias ocorreu em 2015, com o aval da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Ainda sim, as três marcas continuaram existindo de forma independente. A união entre Claro e Net, no entanto, já era discutida nos bastidores. Em 2011, as duas companhias já tinham bolado uma parceira para a oferta integrada de seus serviços.
A integração das duas marcas ocorre em meio à ampliação do setor de telefonia móvel. Dados de junho de 2019 da Anatel, mostram que a Claro é a segunda empresa do ramo em número de linhas móveis em operação, 56,4 milhões ao todo, perdendo apenas para a Vivo, com 73,7 milhões. O mercado, no entanto, apresenta crescimento. Dez anos atrás, as mesmas empresas lideravam o ranking, mas com 46,8 milhões (Vivo) e 40,5 milhões (Claro).
Do outro lado, impulsionado pela crise econômica e pelo crescimento dos serviços por streaming, o Brasil registrou 16,7 milhões de domicílios com acesso à TV por assinatura em junho deste ano, uma redução de 1,23 milhão, ou 6,9%, em 12 meses, de acordo com dados da Anatel. (Veja)