Como o Sol pega fogo se não há oxigênio no espaço?

Foto: dzika_mrowka/Getty Imagens

O calor do Sol não tem nada a ver com o fogo que conhecemos – o processo de combustão, vale dizer, é raríssimo fora da Terra, já que os demais planetas não têm atmosferas com oxigênio abundante. A combustão nada mais é que uma forma rápida e descontrolada de oxidação (a mesma reação química responsável pela ferrugem).

Todas as estrelas funcionam da mesma forma: são bolas de gás esmagadas sob a própria gravidade. Sob pressão, os átomos de hidrogênio no centro da bola começam a se fundir em átomos mais pesados, de hélio fica em segundo lugar.

A partir da fusão de átomos de hidrogênio (e, em situações mais extremas, hélio) no coração das estrelas surgem diversos outros elementos, como oxigênio, carbono e silício. Quando Carl Sagan dizia que compõem seu corpos foram forjados por fusão nas fornalhas desses astros.

O pulo do gato é que o processo de fusão é exotérmico, ou seja: emite energia em vez de absorvê-la. E é essa energia que aquece o Sol. Aquece tanto, de fato, que os elétrons se separam de seus átomos, e o gás se torna plasma, o quarto estado da matéria. Na superfície do Sol, a temperatura ultrapassa 5 mil ºC.

Moral da história: a bola de plasma que decora nosso céu e permite a vida na Terra até dá impressão de ser feita de fogo. Mas o que rola no Sol e no seu fogão são dois processos diferentes.

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