Conhecido como santo festeiro, São João é celebrado hoje (24). Ele é o segundo religioso homenageado nas festas juninas. São Pedro e São Paulo, no dia 29 de junho, finalizam as comemorações populares. Além deles, Santo Antônio, no dia 13, é o primeiro da lista.
São João é João Batista, o homem que, segundo a Bíblia, batizou Jesus Cristo. Ambos teriam sido parentes, já que suas mães, Maria (de Jesus) e Isabel (de João Batista) seriam primas.
João Batista era só seis meses mais velho do que Jesus, mas pavimentou o caminho pelo qual percorreria a grande figura católica.
A festa de São João, portanto, ganhou corpo dentro da Igreja Católica. Quando os portugueses chegaram ao Brasil, a partir de 1500, trouxeram, além das tradições católicas, as festividades religiosas.
“Os portugueses tinham as chamadas festas joaninas. No Brasil, fomos secularizando e transformamos em festa junina, de mês de junho. Há grandes influências da cultura indígena nos alimentos à base de milho, mas se conserva a tradição portuguesa e europeia das quadrilhas”, acrescenta Enrique de Souto.
A força de São João, sobretudo na região Nordeste do Brasil, tem ligação com a colonização do Brasil. Lá houve um enraizamento da cultura portuguesa, com São João sendo forte principalmente no interior com o catolicismo popular na vida do sertanejo.
No imaginário popular e religioso, muitos santos são atribuídos a símbolos e a capacidades. São Jorge é o santo guerreiro; Santo Antônio é o santo casamenteiro.
E São João? Além de João Batista ser associado com a imagem do cordeiro —pelo fato de anunciar a vinda do Cordeiro de Deus, isto é, Jesus—, o santo tem ligação com a fogueira.
“A fogueira é acesa no dia 23 para o dia 24 como o sinal da luz. João Batista é o homem que pregará a luz do homem. É por isso que se tem as fogueiras nas festas juninas”, explica o padre Felipe Sobrinho.
Fonte: Uol