Com a proposta de estreitar relações e de colaborar com as políticas públicas de assistência à Comunidade Peruana residente na Bahia, o Cônsul Geral do Peru no Brasil, Carlos Garcia Castilho, foi recebido, na quinta-feira (16), pelos secretários de estado Felipe Freitas (Justiça e Direitos Humanos – SJDH) e Ângelo Almeida (Desenvolvimento Econômico – SDE). Castilho aproveitou a vinda ao Brasil, em cumprimento de outra agenda, para conhecer e dialogar com o Governo da Bahia sobre como construir ações conjuntas em relação à pauta econômica, turística, educacional e de migrantes, refugiados e apátridas no estado, direcionadas às comunidades peruanas.
De acordo com o Cônsul há, pelo menos, 600 pessoas de nacionalidade peruana vivendo na Bahia, segundo dados do cadastro consular. Ainda segundo ele, a maior concentração dessa população reside em Salvador, entre migrantes econômicos, turistas e estudantes, por exemplo. Contudo, não há um mapeamento sistematizado da situação de possíveis casos de migrantes refugiados, e é justamente nesse sentido, que o diálogo com o governo local ganha relevância.
“Estou muito contente em fazer essa vista importante para conhecer o cenário das comunidades peruanas existentes aqui na Bahia, especialmente no que se refere a migrantes e refugiados. Ponho-me à disposição para colaborar e estreitar nossa integração, com vistas a fortalecer o mapeamento dessas comunidades e, consequentemente, aperfeiçoar as estratégias de acesso às políticas públicas, bem como o fortalecimento do turismo de negócios e demais alternativas que possibilitem a essas comunidades a permanência sustentável nesse território”, disse Garcia Castilho, ressaltando a potência do povo peruano no ramo gastronômico.
O secretário Felipe Freitas (SJDH) aproveitou a ocasião e falou da importância para a Bahia de ter um selo de ‘Estado Acolhedor’, e das ações que são desenvolvidas pelo Governo nessa temática. “Para nós, esses encontros são sempre uma oportunidade de reforçar nosso compromisso com uma agenda de sermos um bom destino para as mais variadas nacionalidades, seja na condição de turista, seja na de refugiado. Esse é o retrato que queremos enquanto estado acolhedor”, afirmou. Na sequência, ele elencou as principais ações e atuações da SJDH nesse campo.
“No âmbito da política de Direitos Humanos, coordenada pela SJDH, temos um núcleo de atendimento direcionado à política de migrantes no estado, que está muito conectada à agenda do trabalho escravo e tráfico de pessoas. Também realizamos a Conferência Estadual de Migrações, Refúgio e Apatridia, em abril deste ano, que reuniu um púbico de 120 pessoas, sendo 71 imigrantes de 19 nacionalidades diferentes. Além disso, está tramitando na Assembleia Legislativa da Bahia, o Plano Estadual de Migrações, Refúgio e Apatridia. Tudo isso em atenção ao acolhimento e cuidado com essas populações”, disse Freitas.
O secretário disponibilizou a Coordenação de Enfretamento ao Tráfico de Pessoas e Contrabando de Migrantes, Combate ao Trabalho Escravo e Política de Migrações, Refúgio e Apatridia, sob responsabilidade de Hildete Souza, como ponto focal da SJDH para manter a interlocução com o Consulado e a Comunidade Peruana que vive na Bahia. Já o secretário Ângelo, falou das possibilidades de relações entre governo e comunidades peruanas no campo da economia, como forma de fortalecer a subsistência e permanência dessas pessoas em solo baiano.
“O mundo globalizado está sempre discutindo a importância global da América do Sul e nós, enquanto países deste continente, ficamos felizes em receber o novo cônsul do Peru no Brasil. Já estamos trabalhando a possibilidade de intensificar a discussão e a expectativa de trabalhar o turismo de negócios, de lazer e gastronômico. A troca de experiência e o cuidado com a comunidade peruana, que reside na Bahia, nos possibilita um alinhamento mais fraterno e mais célere para esse cuidado do estado com os irmãos peruanos que aqui moram”, afirma Ângelo Almeida, secretário de Desenvolvimento Econômico.
Fonte: Ascom/SJDH