As contas do governo central tiveram um déficit de R$ 9,3 bilhões em julho, apesar da expansão das receitas e da queda das despesas, informou nesta quinta-feira (5) o Tesouro Nacional.
No mesmo mês do ano passado, o resultado deficitário tinha sido de R$ 35,9 bilhões. As contas do governo central incluem Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social.
Em julho, houve crescimento expressivo da receita líquida (descontadas as transferências para estados e municípios), com alta real de 9,5% ante igual mês de 2023.
Essa variação decorre principalmente do efeito conjunto de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), com aumento de R$ 4,3 bilhões, IR (Imposto sobre a Renda), alta de R$ 8,3 bilhões, e CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido), elevação de R$ 3,2 bilhões.
Do lado das despesas, houve redução de 6% em termos reais -o equivalente a R$ 12,3 bilhões- em julho, contra mesmo mês do ano passado. Destaca-se a queda de R$ 21,2 bilhões em benefícios previdenciários.
No acumulado do ano, o déficit primário totalizou R$ 77,86 bilhões. De janeiro a julho, na comparação com o mesmo período de 2023, a receita líquida apresentou elevação de 8,7% (R$ 99,6 bilhões) em termos reais, enquanto a despesa total apresentou elevação de 7,8% (R$ 95,4 bilhões), já descontada a inflação.