Autoridades japonesas e esportivas discutem se a Olimpíada de Tóquio-2020 está ameaçada pela epidemia do coronavírus, que já causou a morte de mais de 3.000 pessoas em todo o mundo, sendo seis no Japão, de acordo com o último balanço.
A dúvida paira há semanas e é o principal ponto de debate em reunião do Comitê Olímpico Internacional (COI) que começa nesta terça-feira 3 em Lausanne, na Suíça. Pela primeira vez, um membro da organização admitiu a possibilidade de adiamento.
Seiko Hashimoto, ex-patinadora e ministra das Olimpíadas no Japão, revelou que existe a possibilidade, prevista em contrato, de que a competição seja postergada em alguns meses. “O COI só tem o direito de cancelar os Jogos se eles não ocorrerem em 2020. Isso pode ser interpretado como a possibilidade de os Jogos serem adiados, contanto que sejam realizados durante esse ano”, explicou Hashimoto, durante evento na sede do poder legislativo do país. “Estamos fazendo o máximo de esforços para que não tenhamos de encarar essa situação”, completou.
Na última sexta-feira, o presidente da entidade, Thomas Bach, demonstrou otimismo e afirmou que o “COI está completamente determinado a celebrar com sucesso os Jogos de Tóquio a partir de 24 de julho”, e até 9 de agosto. “A prioridade no momento é assegurar que os processos de classificação (para os Jogos) sejam desenvolvidos, garantindo a proteção da saúde dos atletas”, acrescentou.
Outro membro do COI, o canadense Dick Pound, indicou horas antes que sua instituição não considera adiar ou cancelar os Jogos e não recebeu nenhuma indicação nesse sentido da Organização Mundial da Saúde (OMS). (Veja)