Uma brasileira de 30 anos foi encontrada morta na última quarta-feira, 2, na Vila Arruda dos Vinhos, no distrito de Lisboa, em Portugal. O corpo de Camila da Silva estava dentro de uma mala envolta por fita adesiva e foi localizado por um morador que passeava com seu cão pelo local. Segundo a imprensa portuguesa, a Guarda Nacional Republicana confirmou a ocorrência.
No dia seguinte, na quinta-feira, 3, a Polícia Judiciária anunciou a prisão do companheiro da vítima, de 38 anos, suspeito de tê-la matado à facada, com um golpe letal, na casa onde moravam, e abandonado o corpo dentro da mala. Ele foi encontrado dentro de uma área de mata. O suspeito aguarda julgamento.
A vítima era de Ipatinga, interior de Minas, e deixou uma filha de 10 anos. No Brasil, familiares lamentaram a morte de Camila e pediram apoio financeiro para realizar o translado para o País, que custa R$ 30 mil.
Werleis Silva, irmão de Camila, informou em um post nas redes sociais que amigos e familiares estão de luto e contam com apoio para viabilizar o translado.
O presidente da Câmara Municipal de Arruda dos Vinhos, André Santos Rijo, também lamentou a morte da jovem e classificou o crime como hediondo.
“Acontecimento de um crime hediondo (homicídio) que apanhou todos de surpresa e que chocou toda uma comunidade. Um casal jovem de cidadãos brasileiros recém-chegados, que morava em Arruda há cerca de 15 dias, na Urbanização de S. Lázaro. Ela, trabalhadora da restauração, ele, trabalhador da construção civil, e os vizinhos ainda não tinham notado sinal de violência ou agressividade entre ambos”, destacou o post.
Procurado, o Itamaraty não se pronunciou sobre o crime. Apenas informou que quando um cidadão brasileiro falece no exterior e sua família opta por trazer seus restos mortais ao Brasil, as embaixadas e os consulados brasileiros sempre procuram apoiar os familiares com orientações gerais, com a expedição de documentos e também no contato com autoridades locais para tentar agilizar e facilitar os trâmites.
“Informamos que não há previsão legal que permita o pagamento de despesas hospitalares ou traslado dos corpos pelo governo federal”, afirmou a nota.
(Estadão)