Criança de 7 anos se queixa de dor no braço e médica avalia: ‘pessoa fingindo ser doente’

Cibeli Rocha procurou a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Horizonte, na Grande Fortaleza, no Ceará, na noite de quinta (14), quando a filha se queixava de fortes dores no braço.

Reprodução/ G1

A mãe de uma criança de sete anos com fortes dores no braço se diz “indignada” com o diagnóstico médico dado à filha: “pessoa fingindo ser doente (simulação consciente)”. Após atendimento de uma segunda profissional, foi detectado que a criança tinha uma rachadura do osso do braço.

Cibeli Rocha procurou a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Horizonte, na Grande Fortaleza, no Ceará, na noite de quinta (14), quando a filha se queixava de fortes dores no braço.

Até que as dores ficaram mais fortes, e a criança dizia já não mais suportar. A mãe relata que a criança não conseguia erguer o próprio braço, mas o membro era erguido quando puxado pela médica. “Diante disso, ela disse que minha não tinha nada, e eu questionei que ela tinha dito diagnosticado só no olho, sem pedir nem um raio x”, relatou a mãe ao G1.

Após exigir, a profissional de saúde encaminhou a criança para um raio x, com o registro de que a paciente estava fingindo uma doença. “Eu perguntei se era aquilo mesmo, se minha filha estava fingindo. Ela disse ‘sim, estava’; e eu respondi ‘pois tudo bem, eu só queria ouvir isso da sua boca’.”

Denúncia na delegacia

Mesmo com o diagnóstico, a mãe não acreditava que a filha fingia dor, já que ela relatava fortes dores há dias. “Ela não queria atestado pra faltar aula nem trabalho, é uma criança com dor, ela não iria fingir isso”, defende.

Ela registrou boletim de ocorrência contra a médica na Delegacia Municipal de Horizonte e em seguida retornou à UPA, exigindo ser atendida por outra profissional.
“Fomos atendidos [no retorno] por uma ótima profissional. Fizemos um raio-x e foi detectado que ela tem uma rachadura no osso e uma mancha, que estão suspeitando que é um tumor”, diz a Cibeli Rocha.

Em nota, a Prefeitura de Horizonte lamentou o ocorrido e informou que a UPA é gerida pelo Instituto Gestão e Cidadania (ICG) e que a médica denunciada não era uma profissional fixa do município. A prefeitura também afirma que solicitou ao ICG para não escalar mais a médica para atender na UPA, de modo a “assegurar que a confiança da comunidade no sistema de saúde seja restaurada”.

Ainda conforme a administração do município, a criança vai passar por uma consulta com especialista no Hospital Albert Sabin, em Fortaleza, e “está recebendo toda assistência necessária por parte do município”. (BNews)

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