Entre as crianças cujas famílias apresentavam perfil socioeconômico mais alto, o aprendizado foi de 75% do esperado
As medidas de isolamento adotadas durante o período mais crítico da pandemia afetou o aprendizado dos alunos no ensino básico. Uma pesquisa conduzida por pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Durham University, na Inglaterra, apontou que as crianças mais vulneráveis foram as mais afetadas, aprendendo apenas 48% do que seria esperado em aulas presenciais.
“Olha o que acontece quando a gente tira das crianças a possiblidade de frequentar presencialmente a etapa da educação infantil e como esse efeito é muito maior para quem é mais vulnerável”, comentou a pesquisadora da UFRJ Mariane Campelo Koslinski, uma das autoras do estudo.
Publicada na revista “Ensaio: Avaliação e Políticas Públicas em Educação”, a pesquisa revelou ainda que entre as crianças cujas famílias apresentavam perfil socioeconômico mais alto, as perdas de aprendizagem foram menores. Em média, elas aprenderam 75% do esperado. Os números mostram uma diferença média de três meses de aprendizado entre as crianças de maior e menor nível socioeconômico. (Metro 1 )