Durante sessão extraordinária da Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas), embaixadores de Cuba e da Venezuela responsabilizaram a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e aos Estados Unidos pelo conflito entre Rússia e Ucrânia.
O embaixador cubano na ONU, Pedro Luis Pedroso Cuesta, condenou as sanções impostas contra a Rússia e acusou a Otan de agir com “hipocrisia” na condução da guerra com a Ucrânia.
“Cuba rejeita essa hipocrisia e esse duplo padrão na postura da Otan. Em 1999, houve uma agressão à Iugoslávia e os países da Europa não evitaram a grande perda de vidas por razões geopolíticas. Os Estados Unidos usaram a força em várias ocasiões em países soberanos para alterar regimes, interferindo na política interna de outros países”, criticouo embaixador cubano.
O representante de Cuba defendeu uma solução diplomática do conflito: “nós queremos negociações, e não guerra. Essa é a única forma de resolver esse conflito. Cuba vai continuar defendendo a solução diplomática, que seja séria, construtiva e realista”.
Já Samuel Moncada, embaixador da Venezuela na ONU, declarou que a crise na Ucrânia foi agravada pela crescente pressão por parte do bloqueio militar da Otan no território ucraniano, “com efeito destrutivo de garantias de segurança, em particular para a Federação Russa”.
De todo modo, ele aponta que o maior sucesso da ONU foi evitar a terceira guerra mundial. “[A organização] tem o papel de impedir os conflitos e usar os caminhos diplomáticos para uma resolução pacífica”.
“Nosso dever hoje é corrigir a trajetória e evitar chegar em um ponto sem volta, que irá comprometer as gerações presentes e futuras”. (A Tarde)