O ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha afirmou que “se estivesse no poder” iria apoiar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), mesmo com algumas divergências, para derrotar o PT nas urnas. Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, o ex-parlamentar, que está em prisão domiciliar, disse que “qualquer opção é melhor que a volta” do Partido dos Trabalhadores.
“Minha avaliação sobre Bolsonaro está de forma superficial, em cima de fatos concretos. Relato a sabotagem de Rodrigo Maia [presidente da Câmara entre 2019 e 2020] ao governo e o fato de que Bolsonaro sofre uma perseguição implacável de quase a totalidade da mídia. Quem elegeu Bolsonaro porque não queria a volta do PT tem a obrigação de dar a governabilidade a ele”, analisou.
“É preciso ter em conta que vivemos em uma dupla opção, entre o PT e o anti-PT. Nunca existiu terceira via em todas as eleições desde 1989 e não existirá na próxima. Não vejo ninguém para isso. Entre Bolsonaro e o PT, não tenho a menor dúvida de ficar com Bolsonaro. Qualquer opção é melhor que a volta do PT”, completou.
Eduardo Cunha foi preso em 2016 na Operação Lava Jato, por lavagem de dinheiro, corrupção passiva e evasão de divisas. Condenado a mais de 14 anos de prisão, o ex-deputado ficou preso em Curitiba até 2019 e em seguida foi transferido para Bangu 8. Recentemente ele lançou o livro “Tchau, Querida: O Diário do Impeachment”, sobre o processo contra a ex-presidente Dilma Rousseff. (bahia.ba)