O judoca Daniel Cargnin dedicou à mãe a conquista da medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. Na manhã deste domingo (25), ele venceu Baruch Shmailov, do Israel, na categoria peso-meio-leve (até 66kg) (leia aqui).
“Acho que a gente sonhou junto isso, e vou ser bem sincero que queria era pegar, ligar para ela e falar que valeu à pena. Quando uma vez estava em um treino, era pequeno, voltei chorando, porque tinha apanhado muito. Ela falou: “Não, Dani, vamos comer alguma coisa e amanhã é um novo dia”. Desde a pandemia, machuquei duas ou três vezes, não fui para o Mundial, porque infelizmente peguei Covid-19 na época. E pensei que não estava dando certo. Eu me esforcei bastante, fiquei na casa dela, que me deu todo o suporte. Não bateu a ficha ainda. Uma vez eu estava no treinamento, acho que foi na Itália em 2018. Eu estava muito cansado, estava apanhando muito e ela todo dia: “Vamos lá, vamos lá”. Um dia pensei comigo mesmo, chorei no banho: “Cara, porque ela não desiste de mim? Eu mesmo tenho vontade de desistir”. E ter encontrado ela ali foi uma coisa especial, que eu acreditei”, disse em entrevista à TV Globo. “Eu não sei o que falar agora. Mas falar para o Felipe Kitadai que agora eu igualei. Tamo junto!”, finalizou.
A conquista de Daniel foi a segunda medalha do Brasil nos Jogos de Tóquio. Antes dele, o Kelvin Hoefler ficou com a prata no skate street masculino.