Demolição do Palácio Thomé de Souza ameaça patrimônio histórico em Salvador

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O Palácio Thomé de Souza, sede da prefeitura de Salvador há 38 anos, enfrenta o risco de demolição devido a uma ação do Ministério Público Federal que busca sua desocupação. A disputa judicial questiona a permanência da sede do Executivo Municipal na primeira Praça dos Três Poderes do Brasil, um local simbólico para a cidade e a democracia.

A polêmica remonta a 1981, quando o ex-prefeito Mário Kertész foi forçado a deixar a Praça Municipal por ordens de Antonio Carlos Magalhães (ACM), que alegou querer evitar que um prefeito se tornasse governador. Kertész, então, prometeu trazer a prefeitura de volta, o que se concretizou em 1986 com a construção do Palácio Thomé de Souza, projetado pelo arquiteto João Filgueiras Lima (Lelé).

Desde 2000, o MPF questiona a adequação da estrutura às normas de preservação do patrimônio histórico e cultural. O arquiteto Marcelo Ferraz critica a possível perda do Palácio, afirmando que isso seria um desastre para a história de Salvador.

Enquanto isso, o prefeito Bruno Reis sugere realocar a sede da prefeitura para um prédio histórico, possivelmente o Palácio Arquiepiscopal, transformando o espaço atual em um centro de convenções. Essa mudança alimentaria especulações sobre a valorização imobiliária da área.

A situação continua em aberto, e a falta de informações claras da prefeitura gera apreensão sobre o futuro do Palácio Thomé de Souza e seu papel na história da capital baiana.

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