O deputado federal Gilvan da Federal (PL-ES) teve seu mandato suspenso por 90 dias após decisão do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, tomada nesta terça-feira (6).
O colegiado aprovou, por 15 votos a 4, a punição ao parlamentar por quebra de decoro, após ofensas direcionadas à ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), durante uma audiência pública.
A representação foi apresentada pela própria Mesa Diretora da Câmara, após Gilvan se referir à ministra como “amante” e fazer insinuações de cunho ofensivo, além de chamá-la de “prostituta do caramba”. As declarações foram feitas durante reunião da Comissão de Segurança Pública, que contou com a presença do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski.
Com a suspensão, Gilvan ficará sem receber salário, perderá a cota parlamentar, o uso da verba de gabinete e todos os seus assessores serão exonerados.
Apesar de ter direito a recorrer da decisão, o deputado declarou que não pretende apresentar recurso e que aceitará a punição. “Assumo minhas palavras”, disse, ao comentar a decisão do colegiado.
O episódio gerou ampla repercussão e foi marcado também por um embate com o deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), companheiro de Gleisi Hoffmann. Gilvan fez referência ao codinome “Lindinho”, associado a Lindbergh em planilhas da Odebrecht reveladas na Operação Lava Jato, o que levou a uma discussão acalorada entre os dois.
Conhecido por declarações polêmicas e alinhado ao ex-presidente Jair Bolsonaro, Gilvan acumula episódios controversos no plenário da Câmara e já se envolveu em diversas discussões com outros parlamentares.