A taxa de informalidade ficou em 39,8% da população ocupada, o que corresponde a um recorde da série da pesquisa
A taxa de desocupação no último trimestre ficou em 9,1%, segundo dados da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) divulgados nesta quarta-feira (31), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ao todo, são cerca de 9,9 milhões de pessoas desocupadas no país. Esse é o menor percentual de desocupação desde o trimestre encerrado em dezembro de 2015, quando o índice também foi de 9,1%.
O percentual referente ao trimestre de maio a julho de 2022 representa queda de 0,2 ponto percentual quando comparado ao trimestre anterior, que também havia batido o recorde da série histórica com 13,1 milhões de pessoas.
A queda, no entanto, foi puxada pelo crescimento do número de pessoas com trabalho informal. No período, os trabalhadores informais representaram 39,8% da força de trabalho no país, o que corresponde a 559 mil pessoas a mais do que no trimestre encerrado em abril. A marca é a maior já registrada pela série de pesquisas. São considerados nesse grupo trabalhadores sem registro, empregadores por conta própria sem CNPJ, além de trabalhadores familiares auxiliares.
O rendimento médio também teve, pela primeira vez em dois anos, um crescimento real, chegando a R$ 2.693 no trimestre.
Com 692 mil pessoas empregadas, o grupo de atividades de comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas foi o que teve o maior número de novos profissionais. Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais apareceram em seguida, com 648 mil pessoas. Já o grupo de agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura não apresentou crescimento na população ocupada. (Metro1)